Inverno é a estação mais propícia para desenvolver alergias oculares

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de julho de 2018 às 18:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:51
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Alergia ocular atinge cerca de 20% da população brasileira, segundo Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Por causa do tempo seco,
que favorece a proliferação de fungos e ácaros, e pela baixa umidade do ar, que
potencializa o acúmulo de poeira e poluição, o inverno acaba trazendo algumas
doenças junto com o frio. Uma delas é a alergia ocular, um problema que atinge
aproximadamente 20% da população brasileira, segundo dados do Conselho
Brasileiro de Oftalmologia.

Sua principal forma de manifestação é
a conjuntivite alérgica que, diferentemente das versões viral e
bacteriana, não é contagiosa. Ainda assim, é importante ficar de olho, já que
os sintomas são bem parecidos: vermelhidão, coceira, irritação, lacrimejamento,
inchaço, desconforto e maior sensibilidade à luz.

Segundo Sergio Felberg, membro do
CBO, normalmente os pacientes que desenvolvem esse tipo de alergia possuem
quadros anteriores de rinite, sinusite ou dermatite alérgica. E os estopins
para crises de todas essas encrencas costumam ser os mesmos – ácaro, mofo,
perfume… “O primeiro passo a se tomar é evitar contato com as substâncias que
causam irritação”, recomenda.

Algumas dicas
práticas para evitar os gatilhos da reação alérgica são:

– Reduzir número de objetos que acumulam poeira com
facilidade (roupas de cama, cortinas, bichos de pelúcia);

– Priorizar aspiradores
de pó e panos úmidos para a faxina, dispensando vassouras e espanadores;

– Encapar colchões e
travesseiros com material impermeável ou antialérgico e, sempre que possível,
higienizá-los com água quente e, depois, deixar secando ao sol;

– Manter animais
domésticos limpos e tosados;

– Eliminar vazamentos de
água, já que favorecem o aparecimento de mofo;

-Fazer limpeza do
ar-condicionado semanalmente;

– Manter a casa limpa,
arejada e com exposição ao sol, a fim de evitar o acúmulo de ácaros.

O tratamento

A dica do especialista para aliviar os sintomas é
aplicar compressas de água mineral gelada sobre as pálpebras. “Se depois de 24
horas não houver melhora ou se aparecerem secreções nos olhos, o indivíduo deve
procurar um oftalmologista. Ele provavelmente vai prescrever colírios
antialérgicos, que em pouco tempo surtem efeito”, esclarece.

Fellberg também afirma que colírios lubrificantes
podem ser usados em crises mais leves. Porém, em casos moderados ou graves, o
médico vai precisar receitar antialérgicos mesmo.

Ou seja, converse com um profissional. “É importante
que o paciente vá ao oftalmologista, principalmente caso não haja melhora,
porque a conjuntivite pode ser alérgica ou contagiosa. E, sozinho, ele não
consegue distinguir um quadro do outro”, avisa Fellberg.

Além disso, apesar da conjuntivite ser a forma mais
comum de manifestação da alergia ocular, ela não é a única. E há quadros mais
graves – ainda que raros – que podem até deixar sequelas permanentes na visão.
Se o olho não para de coçar, melhor visitar o consultório.


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