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Além do incremento das exportações para a América Latina, o preço médio do calçado brasileiro passou de pouco mais de US$ 8 para US$ 11.
Entre janeiro e agosto foram embarcados 97,57 milhões de pares
Recuperada das quedas provocadas durante a pandemia de Covid-19, a indústria calçadista brasileira comemora bons resultados nas exportações de calçados.
Conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), entre janeiro e agosto foram embarcados 97,57 milhões de pares, que geraram US$ 880,88 milhões, altas de 29,7% em volume e de 62,7% em receita na relação com igual período do ano passado.
Em relação ao mesmo intervalo na pré-pandemia, em 2019, os incrementos são de 29,4% em pares e de 35,6% em receita gerada.
Segregando apenas o mês de agosto, foi registrado o embarque de 10,7 milhões de pares por US$ 117,43 milhões, o melhor resultado mensal de 2022. O crescimento no comparativo com agosto passado é de 15% em volume e de 50,4% em receita.
Compradores
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que os países latino-americanos seguem sendo determinantes para a performance, com destaque para o Chile, que se consolida como o quarto destino do calçado brasileiro no exterior.
“O Brasil vem ganhando muito espaço no Chile. Hoje somos o quarto principal fornecedor de calçados daquele país”, avalia.
Além do incremento das exportações para a América Latina, Ferreira destaca que o preço médio do calçado brasileiro também aumentou, passando de pouco mais de US$ 8 para US$ 11.
“Existe um aumento da demanda internacional por calçados e, neste momento de enfraquecimento gradual da China como um grande player do setor, o mundo volta seus olhos para o produto brasileiro, pois temos a maior indústria de calçados fora da Ásia e capacidade produtiva para atender o mercado internacional”, comenta o executivo.