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O atraso é de três meses, e o último pagamento, no início de maio quitou serviços de janeiro
O diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso, médico ortopedista Marcos Antônio de Pádua formalizou a intenção do corpo clínico que presta serviço àquela entidade, de interromper o atendimento de cirurgias eletivas e ambulatório a partir do dia 16 de junho, motivado pelo atraso no pagamento de honorários de serviços prestados por médicos. atraso é de três meses, e o último pagamento, no início de maio quitou serviços prestados em janeiro.
Além da Santa Casa ser notificada, cópias foram enviadas à Secretaria Municipal de Saúde, ao Ministério Público por sua 5.ª Promotoria de Justiça, e o Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais através da Delegacia Regional em Passos, justificando os motivos da possível paralisação.
Até ontem a diretoria da Santa Casa não havia se manifestado oficialmente ao diretor clínico Marcos Antônio de Pádua, sobre a regularização dos pagamentos questionado pelos médicos.
O diretor clínico salienta a disposição dos médicos continuarem atendendo normalmente, no entanto lembra que os seguidos atrasos que vêm ocorrendo há cerca de um ano, têm deixado a situação insustentável, lembrando que alguns colegas têm como única fonte de renda o serviço prestado à Santa Casa.
Conforme explica Marcos Antônio de Pádua, a expectativa é que a Santa Casa regularize essa pendência com os médicos, no entanto mesmo se houver a paralisação não haverá descontinuidade no atendimento nos casos de urgência e emergência.
A diretora administrativa da Santa Casa, Maria Helena Campos do Prado de Andrade, disse que o provedor Flávio Westin e que a diretoria preferem não se pronunciar sobre o assunto neste momento. “O acordo com o corpo clínico prevê que o hospital tem 30 dias para quitar com os médicos e neste prazo não há o que comentar”, disse ela.
Maria Helena argumentou que a dívida do município para com o hospital está ainda maior atualmente, em torno dos R$ 11 milhões. Em fevereiro passado, o juiz Marco Antônio Hipólito, em decisão de ação denominada “antecipação de tutela”, determinou que a Prefeitura pagasse, em 20 dias, a totalidade de sua dívida com a Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso.
O juiz também havia determinado que a multa diária fosse paga pelos gestores municipais, no caso o prefeito Rêmolo Aloise e a então secretária municipal de Saúde, Dulcinéa Barroso de Freitas, que ainda não tinha deixado o cargo.
O montante da dívida era de R$ 9,184 milhões, a multa diária era no valor de R$ 2 mil a R$ 1 milhão, e que deveria ser paga por Reminho e pela secretária de Saúde, que terá que arcar com isso até o dia em que ficou no cargo. Nada disso, segundo a administradora Maria Helena foi cumprido e a dívida só cresceu de lá para cá.
(Com informações do Jornal do Sudoeste)