Por falta de vacinas, Saúde autoriza 2ª dose da Pfizer para quem tomou AstraZeneca

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 15 de agosto de 2021 às 19:30
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O número de doses da AstraZeneca tem caído desde o mês de julho, quando foram entregues apenas 14,5 milhões de doses ao Brasil.

 

Na nota técnica, o Ministério da Saúde diz que a possibilidade de usar doses de diferentes fabricantes tem embasamento científico.

Com a baixa oferta de novas doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, autorizou os municípios a aplicarem a segunda dose de um imunizante diferente, no caso, o da Pfizer, como um substituto para a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica britânica.

A mudança de procedimento foi anunciada por meio de uma nota técnica do Ministério da Saúde, que diz que a troca dos imunizantes não deve ser uma regra.

A recomendação é somente para casos em que não for possível administrar uma segunda dose usando a mesma vacina que foi aplicada na primeira, seja por contraindicações, como no caso das gestantes, seja pela falta do imunizante.

Caiu o volume de entrega

O número de doses da AstraZeneca tem caído bastante desde o mês de julho, quando foram entregues apenas 14,5 milhões de doses ao Brasil.

Em agosto, o número deve ser ainda menor, com a previsão da chegada de apenas 11,6 milhões de doses até o final do mês.

Para efeito de comparação, entre abril e junho, foram entregues mais de 60 milhões de doses da AstraZeneca no Brasil.

Ouvida pelo portal UOL, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é a parceira da AstraZeneca no Brasil, disse que apenas 3 milhões de doses da AstraZeneca foram distribuídas na última sexta-feira (13).

Na nota técnica, o Ministério da Saúde diz que a possibilidade de usar doses de diferentes fabricantes tem embasamento científico.

Embasamento técnico

No documento, que foi publicado no final do mês passado, a pasta referencia dois estudos para embasar a técnica, que é chamada de intercambialidade.

Um deles dizia que misturar vacinas gerou uma resposta imune robusta e apresentou um bom perfil de segurança.

O segundo concluiu que misturar as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer gerou uma “resposta imune superior”.


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