Exame de sangue vai fornecer diagnóstico de ansiedade, mostra estudo médico

  • Nene Sanches
  • Publicado em 1 de abril de 2023 às 17:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Ao examinar biomarcadores de RNA no sangue, os pesquisadores conseguiram identificar o estado atual de ansiedade dos pacientes

Um exame de sangue simples logo poderá fornecer um diagnóstico preciso de ansiedade. E não é apenas dizer se a pessoa tem ou não ansiedade.

O teste examina biomarcadores que podem determinar objetivamente o risco de alguém desenvolver ansiedade, a gravidade de sua ansiedade atual e quais terapias provavelmente tratariam melhor sua ansiedade.

Ao menos esta é a promessa do professor Alexander Niculescu, da Universidade de Indiana (EUA).

“A abordagem atual é conversar com as pessoas sobre como elas se sentem para ver se podem tomar medicamentos, mas alguns medicamentos podem causar dependência e criar mais problemas. Queríamos ver se nossa abordagem para identificar biomarcadores sanguíneos poderia nos ajudar a associar as pessoas aos medicamentos existentes que funcionariam melhor e poderiam ser uma escolha não viciante,” disse ele.

Biomarcadores de ansiedade

A mesma equipe já havia desenvolvido um exame para medir a dor, e agora utilizou a mesma técnica para avaliar a ansiedade.

Ao examinar biomarcadores de RNA no sangue, os pesquisadores conseguiram identificar o estado atual de ansiedade dos pacientes e combiná-los com medicamentos e nutracêuticos, mostrando como diferentes opções poderiam ser eficazes para cada um com base em sua biologia.

Segundo o Diário da Saúde, os biomarcadores de uma pessoa também podem mudar com o tempo, mas Niculescu afirma que o teste pode tirar proveito disto, usando essas variações para avaliar o risco de uma pessoa desenvolver níveis mais altos de ansiedade no futuro, bem como outros fatores podem afetar sua ansiedade, como alterações hormonais.

“Existem pessoas que têm ansiedade e não são diagnosticadas adequadamente, então elas têm ataques de pânico, mas pensam que estão tendo um ataque cardíaco e vão para o pronto-socorro com todos os tipos de sintomas físicos,” exemplificou Niculescu.

“Se pudermos saber isso antes, podemos evitar essa dor e sofrimento e tratá-las mais cedo com algo que corresponda ao seu perfil.”


+ Comportamento