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Presidente afirmou que tomou composto de medicamentos; porém, não têm efeito comprovado
Ao confirmar que está com a covid-19, nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que tomou doses de um composto com hidroxicloroquina e azitromicina, após apresentar os primeiros sintomas da doença.
Em seu discurso, o presidente disse que os primeiros sinais da infecção pelo novo coronavírus começaram no domingo (5), após ele se sentir indisposto. Posteriormente, segundo Bolsonaro, ele teve outros sintomas como mal-estar, febre e cansaço.
O presidente disse que chegou a ter 38 graus de febre na segunda-feira (6). Ele procurou atendimento médico, fez o exame e afirmou que tomou, às 17h, a primeira dose do composto de hidroxicloroquina com azitromicina.
“A reação (ao composto de remédios) foi quase imediata. Poucas horas depois estava me sentindo bem”, declarou o presidente. Ele citou que há médicos brasileiros que afirmam que o tratamento com hidroxicloroquina logo nos primeiros sintomas traz “chances de sucesso” de até 100%.
Apesar de defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra a covid-19, ele admitiu saber que não há comprovação científica de que o medicamento ajuda no combate ao novo coronavírus.
No entanto, Bolsonaro afirmou que muitos médicos têm tido bons resultados ao adotar o remédio em tratamentos — ele, porém, não citou dados, apenas relatos que ouviu de alguns profissionais de saúde.
A declaração de Bolsonaro sobre os benefícios da hidroxicloroquina, cloroquina e do antibiótico azitromicina colide com as orientações de entidades médicas de todo o mundo.
Apesar de o Ministério da Saúde, a pedido do presidente, recomendar o tratamento da covid-19 com essas medicações, entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) não apoiam essas medidas, pois apontam que não há comprovação científica para tal.
Além disso, diversos testes com cloroquina e hidroxicloroquina foram suspensos, após não apresentarem bons resultados no combate ao novo coronavírus.