Conheça o potencial de cinco usinas hidrelétricas da região de Franca

  • mmargoliner
  • Publicado em 28 de janeiro de 2017 às 13:14
  • Modificado em 28 de janeiro de 2017 às 13:14
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Além de geração e distribuição de energia, usinas geram emprego e fortalecem economia

Usina Hidrelétrica UHE - do município de Igarapava, na divisa com Delta - MG    (Foto Reprodução)

A grande região de Franca pode ser considerada de potencial energético acima da média, consideradas as usinas hidrelétricas instaladas em seu entorno. São cinco: Estreito (Pedregulho), Peixoto (Ibiraci), Igarapava, Volta Grande (Miguelópolis) e Jaguara (Sacramento). 

Muito mais do que energia, as usinas hidrelétricas da região geraram crescimento econômico com mais empregos e surgimento de comunidades e empresas comerciais, de prestaçaõ de serviços e, em alguns casos, até industriais. 

Os lagos formados pelas barragens das usinas provocaram também o surgimento do negócio Turismo, fortalecido em Igarapava, Ibiraci, Miguelópolis e principalmente em Rifaina. As cidades também são beneficiadas com repasses de ICMS (no caso de Jaguara, Sacramento divide a receita do tributo com Rifaina, pois a lagoa utiliza espaço do município paulista). 

No entorno da Usina do Estreito, em Pedregulho, que mantém uma vila residencial, com o nome popularizado da usina, surgiram comunidades tradicionais como o bairro “Chora Nenê” (hoje Vila Primavera) e também a Vila Barreira. 

Conheça detalhes das usinas geradoras de energia na região de Franca: 

USINA ENGENHEIRO LUIZ CARLOS BARRETO DE CARVALHO – ESTREITO

Usina Luiz Carlos Barreto de Carvalho - Estreito, município de Pedregulho    (Foto Reprodução)

É uma das cinco usinas de Furnas com potência superior a 1.000 MW. Em 1962, foi dada a Furnas a incumbência de concluir os estudos de viabilidade da Usina de Estreito (antiga denominação). Sua construção foi iniciada em 1963, coincidindo com o início da operação comercial da Usina de Furnas. Sua primeira unidade foi colocada em operação em março de 1969, o que representou um marco significativo, devido à participação substancial de fabricantes e empreiteiros brasileiros e ao cumprimento rigoroso do cronograma inicial do empreendimento.

O reservatório de Luiz Carlos Barreto de Carvalho opera, normalmente, num nível quase constante, graças à regularização proporcionada pela Usina de Furnas, a montante. Na ocasião de sua conclusão, a Usina de Estreito se constituiu em um dos mais baixos custos por kW instalado no mundo, em virtude da característica de seu reservatório (fio d’água), o que propiciou gastos pequenos com as desapropriações. 

Inaugurada em 1969, a Usina está localizada no município de Pedregulho, próximo à cidade de Franca, em São Paulo, e possui seis turbinas, totalizando 1.050 MW de capacidade total instalada, o suficiente para suprir a demanda de 20 cidades deste porte.

USINA MASCARENHAS DE  MORAES – PEIXOTO – IBIRACI

EditUsina Mascarenhas de Morais (Peixoto) a mais antiga da região, no município de Ibiraci-MG   (Foto Reprodução)

A história da Usina Mascarenhas de Moraes, anteriormente denominada Peixoto, data de 1947, dez anos antes da fundação de Furnas, quando a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) via ameaçada de esgotamento a sua capacidade de geração. Estudos realizados numa bacia de drenagem, com 59.600 km², indicaram os benefícios da construção da barragem, permitindo, assim, a regularização das descargas do rio Grande.

Em 1950, a CPFL conseguiu a concessão para construir uma usina hidrelétrica num local situado próximo à cidade de Ibiraci. Sete anos depois, duas unidades, de 40 MW cada, entravam em operação. Esta foi a primeira usina de grande porte construída no rio Grande.

Localizada entre as usinas de Furnas (a montante) e Luiz Carlos Barreto de Carvalho (a jusante), a Usina Mascarenhas de Moraes está entre dois grandes complexos energéticos. Posteriormente, a regularização das vazões do rio Grande, realizada, sobretudo, pela Usina de Furnas, permitiu que mais unidades fossem instaladas e, em 1968, a então Usina de Peixoto alcançou sua capacidade final de 476 MW, com dez unidades geradoras.

Em dezembro do mesmo ano, Peixoto recebeu nova denominação: Usina Marechal Mascarenhas de Moraes. Somente em 1º de agosto de 1973, por determinação da Eletrobrás, a usina passou a ser operada por FURNAS.

USINA HIDRELÉTRICA DE IGARAPAVA – UHE

Usina Hidrelétrica de Igarapava - UHE, na divisa de Igarapava-SP com o Estado de Minas Gerais    (Foto Reprodução)

A Usina Hidrelétrica de Igarapava, localizada no Rio Grande, a 400 km de Belo Horizonte e 450 km de São Paulo, com capacidade instalada de 210 MW, formada por 5 unidades geradoras tipo Bulbo, é considerado um grande marco para a geração de energia no Brasil. 

No âmbito nacional, Igarapava foi pioneira na utilização de grupos geradores tipo “Bulbo”, desenvolvidos com o objetivo de tornar técnica e economicamente viável o aproveitamento de baixas quedas na geração de energia elétrica. 

Em virtude de suas características, esse tipo de grupos turbo-geradores proporciona uma maior produção de energia, devido ao seu melhor rendimento médio. Uma vantagem adicional, decorrente da escolha desse tipo de equipamento, foi a significativa economia nas obras civis, com ganhos expressivos nas fases de construção e montagem, exigindo prazos menores que os de uma solução convencional.

USINA HIDRELÉTRICA DE JAGUARA – SACRAMENTO

A Usina Hidrelétrica de Jaguara teve sua construção iniciada em 1966 e começou a operar em 1966. Embora mais próxima de Rifaina (SP) ela pertence ao Município de Sacramento, distante dali 36 km. 

Jaguara tinha uma vila residencial que abrigava primeiro os operários da construção e depois funcionários da hidrelétrica, que há alguns anos foi a venda e encampada por uma empresa privada que instalou ali o Parque Náutico de Jagara. 

O comprimento da barragem é de 325 metros e sua altura tem 40 metros. O volume do reservatório é de 470 hm3 e ela tem quatro geradoras, potência instalada de 424 mw. 


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