Como a alta das taxas de juros nos EUA muda a vida dos investidores brasileiros

  • Robson Leite
  • Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 19:00
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Para as pessoas que investem na Bolsa, especialmente, a iminente alta dos juros nos Estados Unidos é uma má notícia

Não é só no Brasil que a taxa de juros está em alta. O Federal Reserve, autoridade monetária americana, tem dado sinais de que fará um movimento parecido nos Estados Unidos, com três elevações de juros neste ano, a primeira já em março, além de outras medidas de corte de estímulos à economia, como o fim das compras mensais de títulos públicos.

Esse cenário é de alerta também para os outros países. Os Treasuries, títulos de renda fixa americanos, são considerados os investimentos mais seguros do mundo.

Quando o Fed aumenta os juros, torna esses papéis ainda mais atrativos e isso atrai um fluxo enorme de dólares para os EUA. Dólares esses que saem de outros mercados, incluindo o Brasil.

Isso repercute em todas as variáveis macroeconômicas do nosso país (juros, câmbio, inflação), além de respingar sobre os investimentos, tanto em ações como na renda fixa.

Má notícia

Para quem investe em Bolsa, especialmente, a iminente alta dos juros nos EUA é uma má notícia. E há várias razões para isso, segundo publica o portal 6 Minutos.

O desempenho da Bolsa nada mais é que o reflexo do desempenho das empresas que ali negociam suas ações.

Quando o governo sobe juros, isso faz crescer o custo de captação de recursos (crédito) por parte dessas empresas. Outra implicação dos juros mais gordos dos EUA é que eles vão atrair mais investidores para lá – e eles vão tirar seus dólares de outros mercados, incluindo a Bolsa brasileira, que perde recursos.

Além disso, na medida em que o Banco Central brasileiro tende a acompanhar o Fed e também subir juros, isso aumenta a atratividade da renda fixa, que passa a entregar retornos maiores. Assim, além da fuga de capital para os Estados Unidos, a Bolsa brasileira também enfrenta a perda de investidores para a renda fixa.


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