Brasileiros criticam falta de vacina, oxigênio e pedem impeachment de Bolsonaro

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 16 de janeiro de 2021 às 06:00
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Várias cidades brasileiras aderiram ao panelaço em protesto à postura do presidente Bolsonaro diante da gravidade da pandemia

Panelaço contra o presidente Jair BolsonaroPanelaço contra o presidente Jair Bolsonaro

Em dia de derrotas na tentativa de receber vacinas contra a Covid-19 e de mais relatos de pacientes morrendo sem oxigênio em Manaus, o governo de Jair Bolsonaro virou alvo de mais um panelaço em várias cidades brasileiras na última sexta-feira (15).

Com gritos de “fora, Bolsonaro” e “assassino”, brasileiros criticam a demora para o início da imunização e de envio de mais insumos para evitar o colapso do sistema de saúde amazonense.

Manifestantes também pedem o impeachment do presidente.

Em São Paulo, as panelas foram ouvidas em bairros do centro como Consolação, Santa Cecília, Barra Funda e Bela Vista, da zona oeste como Pinheiros e Jardins, da zona norte como Santana e Casa Verde e da saúde Sul, na Saúde e Vila Mariana e em Anália Franco, na zona leste.

O panelaço começou por volta das 20h, antes do horário divulgado para o início da manifestação nas redes sociais, 20h30.

Brasileiros criticam postura do presidente Bolsonaro diante da pandemiaBrasileiros criticam postura do presidente Bolsonaro diante da pandemia

Outras cidades também registraram protestos como Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Florianópolis e Brasília.

O governo Bolsonaro vem acumulando derrotas na tentativa de começar a imunização do país.

Nenhuma das duas vacinas esperadas para o início da campanha nacional foram entregues ao Ministério da Saúde até agora.

Uma delas viria da Índia para o Brasil e tinha previsão de chegar neste sábado (16), mas, nesta sexta, o governo da Índia negou a entrega imediata do lote de dois milhões de doses do imunizantes da AstraZeneca/Oxford, o que frustrou uma operação montada para buscar o material no país asiático.

Com o veto da Índia, o presidente Bolsonaro corre o risco de assistir o início da vacinação no Brasil com a Coronavac, que tem sido utilizada como trunfo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Panelaço pede impeachment de BolsonaroPanelaço pede impeachment de Bolsonaro

A pasta da Saúde deu um ultimato ao Instituto Butantan pedindo que fossem entregues os 6 milhões de doses da Coronavac, mas o órgão respondeu que não vai enviar o imunizante ao governo federal porque não há um plano para distribuí-las entre os estados.

O ministério passou o segundo semestre ignorando a oferta de incorporação da Coronavac ao calendário nacional.

Mas, depois de idas e vindas, a pasta aceitou o imunizante no programa nacional. Antes previa várias outras vacinas ainda não existentes no país.

*Conteúdo Folhapress

*Créditos das fotos: Carta Capital / Revista Veja / UOL


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