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Estudo mostra que obesidade abdominal em adolescentes de 15 a 17 anos é mais frequente entre fumantes
Uma pesquisa do
Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostra que a obesidade abdominal em
adolescentes de 15 a 17 anos é mais frequente entre fumantes do que entre não
fumantes.
A acumulação de gordura
na barriga representa um fator de risco importante para o desenvolvimento de
doenças crônicas como câncer, diabetes e cardiovasculares.
O estudo foi feito em parceria com
pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Johns
Hopkins, dos Estados Unidos.
Entre os meninos, a circunferência
abdominal dos fumantes é 131% maior do que a dos não fumantes. Entre as
meninas, a circunferência daqueles que fumam é 57% maior.
O impacto do fumo na vida dos
adolescentes não se restringe a um acúmulo maior de gordura na barriga. Aqueles
que fumam um cigarro ou mais por dia consomem mais bebida alcoólica.
Enquanto entre os meninos não
fumantes a prevalência de quem bebe uma ou mais doses de álcool diariamente é
de apenas 3,1%, entre os fumantes esse percentual chega a 28,9%.
Entre as meninas fumantes, a
prevalência do consumo diário de álcool é ainda maior que entre os meninos:
31,2%.
Venda proibida
Estima-se que, no Brasil, onde é
proibido vender cigarro para menores de 18 anos, haja 100 mil adolescentes que
fumam diariamente.
Para o coautor do estudo André Sklo,
o tabagismo é considerado uma doença pediátrica porque o ato de experimentar o
fumo entre a maioria das pessoas ocorre na infância ou adolescência.
Nesta quinta-feira, 31 de maio, é
celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. Apesar dos resultados negativos sobre o
tabagismo na adolescência, segundo o Inca, a luta para o controle do tabagismo
também tem vitórias.
Uma delas é a redução, em 35%, do
número de fumantes no Brasil nos últimos dez anos. Em 2016, o percentual de
adultos fumantes chegou a 10,2%.