UTIs estão lotadas de pacientes não vacinados contra Covid: arrependidos, diz médica

  • Robson Leite
  • Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 20:00
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Ludhmila Hajjar, que foi convidada para ser Ministra da Saúde, alerta para a quantidade de profissionais de saúde infectados pela Covid

A intensivista e cardiologista Ludhmila Hajjar declarou que atualmente as Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) estão lotadas de pacientes não vacinados contra a Covid-19 e alertou para os danos da doença entre profissionais da saúde.

A médica foi cotada para assumir o Ministério da Saúde no lugar do ex-chefe da pasta, o general Eduardo Pazuello, em março de 2021, mas recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro.

Ao jornal O Globo, Ludhmila classificou como “brutal” a diferença entre o impacto da contaminação pela variante ômicron entre vacinados e aqueles não imunizados ou que não completaram o ciclo de imunização. Vacinados dificilmente desenvolvem casos graves da doença.

Diferenças

“As UTIs estão atualmente só com casos de Covid entre os não vacinados. Os imunizados dificilmente passam do atendimento ambulatorial”, afirmou.

Ela diz que, “como intensivista, tenho visto cada vez mais pacientes internados arrependidos de não terem sido vacinados. Eles chegam com a forma grave da doença, se arrependem, porém, já é tarde”, afirmou.

A médica intensivista alerta para a importância da vacinação, pois a Covid-19 é um vírus muito novo que ainda pode “nos trazer surpresas” e ressaltou que, com a variante ômicron, “a doença tem apresentado comportamento semelhante” nos sistemas de saúde público e privado.

Definitivamente

“A variável mais expressiva em relação ao perfil da doença, tem sido, definitivamente, o não vacinado”, diz. 

Apesar do alerta sobre possíveis “surpresas”, Ludhmila afirma acreditar na linha científica que aponta um possível fim da pandemia em razão do alto nível de infecção pela doença atualmente.

Na segunda-feira (10), o mundo registrou um novo recorde de casos de Covid-19 em 24 horas, com mais de três milhões de infectados, segundo dados do Our World in Data, projeto ligado à Universidade de Oxford.


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