Senado Federal quer incentivar carros elétricos; em Franca, já existe lei para isso

  • Marcia Souza
  • Publicado em 14 de agosto de 2022 às 19:30
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Condomínios da cidade têm que oferecer dispositivo de recarga; supermercado também dá o exemplo

Condomínios da cidade têm que oferecer dispositivo de recarga; supermercado também dá o exemplo

A cidade de Franca tem em vigor uma legislação específica para incentivar o uso de carros elétricos, aprovada este ano pela Câmara Municipal.

A proposta, dos vereadores Daniel Bassi e Donizete da Farmácia, prevê que todos os novos condomínios da cidade tenham dispositivos para carregar carros elétricos.

“É uma tendência para o futuro e, daqui a alguns anos, grande parte da frota certamente será composta por carros elétricos”, afirmou Daniel Bassi.

Outro exemplo vem do Supermercado Tiãozinho, que inaugurou loja com os dispositivos para carregar carros elétricos no estacionamento.

“São bons exemplos que temos que massificar para estarmos preparados para abrigar uma frota cada vez maior de carros elétricos”, concluiu Bassi.

No Senado

No Senado Federal, a discussão também está presente. Em vez de posto de combustível, uma estação de recarga, com bombas substituídas por tomadas.

Plugados a elas, veículos elétricos com motores movidos pela energia de baterias recarregáveis, e não mais por gasolina ou outros derivados de petróleo.

A cena ainda é rara no Brasil, mas promete se tornar cada vez mais comum nos próximos anos.

A eletrificação veicular, há muito defendida como essencial para reduzir o impacto ambiental do uso de combustíveis fósseis, mostra-se agora ainda mais necessária por uma contingência econômica: a crise provocada pela alta dos preços do petróleo no país e no mundo.

Além de garantir mais sustentabilidade ao transporte (contendo a emissão de gases de efeito estufa, por exemplo), a adoção do novo modelo reduziria a dependência do petróleo, motivo de preocupação mundial.

No Brasil, no entanto, a participação dos motores elétricos ainda é tímida no total da frota. Projetos no Senado buscam acelerar a expansão desse mercado.

Para tirar o país da retaguarda da eletromobilidade, os senadores propõem medidas como redução de impostos para os eletrificados, de um lado, e restrições graduais à produção e comercialização de automóveis movidos por combustíveis fósseis, de outro.

Também sugerem, a exemplo de Franca, fomento à implantação de pontos de recarga elétrica e garantia de recursos para pesquisas na área como estratégias para incentivar o desenvolvimento do setor.

Táxi elétrico no Rio, em projeto experimental, e veículos carregando na rua em Berlim, na Alemanha, onde os eletrificados já representam um quarto da frota de carros novos.

Frota crescente, mas ainda pequena
Os modelos 100% elétricos e os elétricos híbridos (que usam energia associada a combustível líquido) representaram 2,2% do total de licenciamentos de carros novos no Brasil em 2021, com quase 35 mil unidades vendidas, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Um crescimento de 77% em relação a 2020, quando o número não chegou a 20 mil. E um salto em relação há cinco anos, por exemplo: em 2017, foram pouco mais de 3 mil.
Esses números mostram que a participação dos eletrificados até vem aumentando bastante a cada ano no país.

Mas ainda estamos longe da média mundial, estimada em 9%. E um dos entraves para a expansão do setor por aqui é o preço do carro elétrico, ainda bem maior que o dos automóveis convencionais simples.

Com informações da Agência Senado


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