Motoristas seguem sem salário e em greve; população continua sem transporte coletivo

  • Marcia Souza
  • Publicado em 22 de junho de 2021 às 14:00
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Prefeito retira projeto para compra de passes da São José e empresa segue sem previsão de retomada de serviço

Prefeito retira projeto para compra de passes da São José e empresa segue sem previsão de retomada de serviço

Com a decisão do prefeito Alexandre Ferreira de retirar o projeto de compra de passes junto à Empresa São José, que poderia gerar um repasse de R$ 1,3 milhão, a situação do transporte público em Franca segue indefinida.

Pelo segundo dia consecutivo, os motoristas estão em greve e os ônibus seguem na garagem da empresa. Eles estão sem receber salários e os atrasos vêm acontecendo regularmente.

A situação está tensa e está nítida uma crise institucional entre a Empresa São José.Os dois lados têm se culpado pelo problema.

Enquanto a empresa tem atrasado pagamento de salário e solicitado subsídio ao município, alegando que não tem como manter o equilíbrio financeiro do contrato, a Prefeitura não quer repassar os subsídios, pois teme a impopularidade de tal medida.

O projeto retirado pelo prefeito Alexandre previa a criação do Programa Emergencial de Auxílio Transporte aos Usuários de Serviços Públicos, como medida de enfrentamento à pandemia da covid-19.

Seriam comprados passes de transporte coletivo para usuários dos serviços de saúde, assistência social, desenvolvimento e educação técnica e profissional prestados pelo município de Franca.

Mas o que pegou é que os vereadores não foram consultados sobre a ideia e se posicionaram, em massa, contrários à iniciativa. Tudo voltou à estaca zero.

E aí surge o cenário atual: a Empresa São José reivindica o subsídio, pois não é obrigada, contratualmente, a pagar para trabalhar. A Prefeitura sabe que teria de dar o subsídio, mas está com o caixa comprometido pela pandemia e teme o desgaste político.

Os funcionários da empresa seguem sem salários. Os vereadores, com a demonstração de força desta terça-feira, dificilmente vão aprovar subsídios e, por fim, a população, que está literalmente a pé com a greve dos motoristas.


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