Menino se torna bilingue aos 3 anos e, aos 5, entra no clube mundial de superdotados

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 5 de agosto de 2022 às 22:00
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A mãe ressalta que a intensidade de Filippo nos estudos desafia os pais, que precisam se empenhar para alcançar o pequeno gênio

Filippo de Castro Morgado brinca de fazer cálculos em sua casa (Foto: Arquivo pessoal)

Filippo de Castro Morgado, de 5 anos, é um dos mais novos integrantes do clube mundial de pessoas com alto QI.

Atualmente, a Mensa Brasil tem 2.014 brasileiros em seu quadro de associados, sendo 58 deles menores de idade, segundo a instituição.

O menino, que vive com a mãe, Roberta de Castro, na Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo, recebeu o resultado da aprovação para a sociedade no dia 21.

“Neste mês, descobri que a Mensa Internacional está recebendo laudos a partir de 2 anos (Son-R), então submeti o laudo dele à aprovação e, para a minha surpresa, foi aprovado imediatamente”, disse Roberta.

Superdotação

A mãe conta que, desde os 2 anos, Filippo já dava indícios de comportamentos “atípicos”. Ainda segundo Roberta, os familiares e amigos também percebiam e comentavam que a inteligência do menino parecia ser acima da média para a idade dele.

“O choque veio quando ele leu a placa dos carros no estacionamento do prédio aos dois anos e meio. A gente estava descendo para passear, ele parou, pediu para esperar e começou a ler todas as placas até chegar ao nosso carro.”

Não para por aí.

Com apenas 3 anos, o menino passou a falar inglês fluentemente. Segundo a mãe, ele aprendeu o idioma sozinho, por meio de desenhos. E gostou tanto que passou a querer falar a língua em casa com a mãe, que precisou fazer aulas do idioma para acompanhá-lo.

Em um determinado dia, Roberta resolveu acessar um checklist de questões de superdotados na internet e viu que os comportamentos pareciam muitos familiares com os que ela observava no filho.

“Muitas coisas que a maioria deles têm: atenção extrema quando está desenvolvendo um projeto, facilidade de comunicação e de memorização, raciocínio lógico imediato, criar vários brinquedos a partir de um brinquedo. Eu falei, nossa, esse aqui é meu filho! E me deu um supermedo.”

Roberta é jornalista e trabalha em modelo homeoffice. Com a pandemia da Covid-19, ela e o filhos passaram a ficar mais tempo juntos em casa, e as suspeitas ficaram maiores.

Teste de QI

“Foi justamente na pandemia quando eu vi que, realmente, ele se comportava de uma maneira muito ágil, muito diferente das outras crianças, e aí eu fui buscar informação.”

Em 2021, Roberta e o pai do garoto, Leonardo Morgado, tomaram a decisão de procurar uma neuropsicóloga. Na época, Filippo, com 4 anos e 7 meses, foi submetido ao teste de QI com a metodologia do Son-R (não verbal), e teve o resultado: o menino alcançou o percentil de 99% em laudo e QI 134, comprovando a superdotação. O teste ainda revelou que Filippo tem idade cognitiva de uma criança de 7 anos e 8 meses.

Roberta destaca que, ao contrário do que muitos pensam, o laudo sobre a superdotação foi algo que trouxe mais responsabilidades para o cuidado do filho.

“Muitas vezes acham que a superdotação é a galinha dos ovos de ouro, mas não sabem o que é quando ele tem um problema emocional, porque aquilo que ele pensou não aconteceu. Essas crianças tendem a ter uma frustração muito grande.”


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