Com incerteza no transporte coletivo, francanos se viram e improvisam para trabalhar

  • Marcia Souza
  • Publicado em 21 de junho de 2021 às 20:00
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Seja de bicicleta ou com carona coletiva, o que vale é não perder o dia de serviço por falta de ônibus. Veja os relatos

Seja de bicicleta ou com carona coletiva, o que vale é não perder o dia de serviço por falta de ônibus

Muita gente depende do transporte público para poder se deslocar no dia a dia. Alguns para fazerem visitas, comprar alguma coisa, estudar.

Mas de todos esses, o que não pode adiar o compromisso é o trabalhador, que, com ou sem ônibus, tem que picar o cartão diariamente.

E muitos dos que trabalham distantes de casa precisam do transporte coletivo para chegar ao seu posto na empresa.

Uma certa instabilidade tem tomado conta deste público. Em maio, com o decreto do lockdown pelo prefeito Alexandre Ferreira, foram duas semanas sem a circulação de ônibus.

Essenciais

Embora praticamente toda a cidade tenha parado, alguns profissionais, principalmente da área de saúde e servidores públicos de serviços essenciais, tiveram que trabalhar.

Agora, esta semana, são os funcionários da São José que estão de greve e novamente a população fica desassistida quanto ao transporte.

É o caso do cuidador de idosos Paulo de Lima. Ele mora no Parque Vicente Leporace e trabalha no Jardim Elimar, distância superior a 12 quilômetros.

Nos dias de lockdown, teve que fazer o trajeto com motoristas de aplicativos. Gastou, em média, R$ 30 por dia, ou seja, mais de R$ 400 nas duas semanas.

Solução caseira

Desta vez, com a greve, arrumou uma solução mais caseira: está percorrendo o trecho de bicicleta.

“Tem os seus percalços, pois tenho que sair mais cedo, chego mais tarde em casa e ainda tenho que levar mochila com roupas para tomar banho e me trocar no meu emprego”, afirmou.

Já o mecânico Jair José dos Santos não trabalhou no lockdown, mas testemunhou a dificuldade de quem não parou. Desde então, arrumou uma forma de se virar.

“Tem mais dois amigos que trabalham perto de mim, no Distrito. Eu moro do outro lado, no Paulistano. A gente fez um acordo e cada dia vamos trabalhar no carro de um. O custo médio é praticamente o mesmo da passagem de ida e volta no ônibus”, afirmou.

Nesta segunda-feira os motoristas não colocaram os ônibus para circular, pois os seus salários vêm sofrendo constantes atrasos, e a situação segue, até este momento, sem um acordo.


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