Governo avalia Minha Casa, Minha Vida e quer melhoria das moradias para a população

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 5 de maio de 2023 às 18:30
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Comissão mista que analisa MP fez audiência pública com especialistas nesta quinta

Comissão mista que analisa MP fez audiência pública com especialistas nesta quinta

O relator da medida provisória do Programa Minha Casa, Minha Vida, deputado Marangoni (União-SP), afirmou nesta quinta-feira (4) que deve incluir em seu parecer medidas para garantir a melhoria de moradias já existentes. O alvo são construções precárias, principalmente nos bairros de periferia nos municípios.

A MP incluiu a melhoria habitacional entre os objetivos da nova versão do Minha Casa, Minha Vida, mas Marangoni disse que isso pode ser mais detalhado no texto a ser apresentado.

“O déficit qualitativo é três vezes maior do que o déficit quantitativo. Não tem como a gente hoje não contemplar no texto da medida provisória as melhorias habitacionais. Seria fechar o olho talvez para o problema mais grave que temos hoje, que são os domicílios rústicos, improvisados”, disse.

O relator participou nesta quinta-feira (4) de audiência pública promovida pela comissão mista que analisa a medida provisória. A comissão é presidida pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), que defendeu o programa lançado pelo governo federal.

“Talvez um dos maiores pecados que se cometeram nos últimos anos neste país foi ter desidratado ou praticamente extinto um programa habitacional de tamanha envergadura, de tamanha necessidade para o povo brasileiro”, disse Braga.

Assistência

A fala do relator ocorreu após a presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU), Nadia Somekh, sugerir a inclusão das medidas da Lei de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (Athis), de 2008, na MP.

Entre outros pontos, a lei garante a famílias de baixa renda direito à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social.

“Existe um déficit habitacional, mas existem carências habitacionais”, disse Somekh.

Segundo ela, 82% das habitações no Brasil são feitas sem arquiteto ou engenheiro.

Tributo

Tanto Eduardo Braga quanto Marangoni defenderam a isenção tributária municipal prevista no programa.

A MP condiciona a participação dos municípios no Minha Casa à existência de lei isentando as unidades habitacionais da Faixa 1 (financiamentos para a população mais carente, com renda familiar mensal de até R$ 2.640) do imposto de compra e venda de imóveis (ITBI).

Para o relator, o município perde arrecadação, mas ganha em melhoria da qualidade de vida da população.

“A pergunta não é quanto custa fazer, a pergunta é quanto custa não fazer. Temos que inverter a pergunta”, disse Marangoni.

Medidas

Ela também propôs medidas voltadas aos 4,9 mil municípios com população abaixo de 50 mil habitantes, que tem maior dificuldade financeira em participar do programa.

Presente à audiência pública, o secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Hailton Madureira, informou que o governo está desenhando um programa para atender essas cidades, que deve usar convênios para financiar a construção de moradias.

Da Agência Câmara de Notícias

 

Fonte: Agência Senado


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