compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
No C6 Bank, Caixa Econômica e Inter, por exemplo, o Pix continua sendo gratuito mesmo para os clientes empresarias.

Quando estreou, em novembro de 2020, a maioria dos bancos estendeu a isenção de tarifas para as pessoas jurídicas.
O Pix não era grátis? O novo sistema de pagamentos é isento de tarifas para pessoas físicas.
Mas o Banco Central permite que os bancos cobrem as pessoas jurídicas pelos pagamentos e recebimentos instantâneos realizados pelo novo sistema.
Quando estreou, em novembro de 2020, a maioria dos bancos estendeu a isenção de tarifas para as pessoas jurídicas.
O Itaú, por exemplo, começou a cobrar pelas transações com Pix em julho. No Santander, a cobrança começou em março. No Banco do Brasil, a tarifação existe desde abril. O Bradesco diz que passa a tarifar o Pix após uma carência inicial de seis meses às empresas.
O CEO da Matera, Carlos Netto, diz que era esperado que essa gratuidade fosse acabar. “Alguma cobrança tem que ter, pois o Pix tem um custo operacional”.
Ele justifica sua ideia dizendo que “o banco precisa manter seus servidores funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana. Tem o custo com pessoal para atender emergências de madrugada ou no feriado. E tem custo grande de tecnologia.”
Mas não são todos os bancos que estão cobrando para fazer Pix das pessoas jurídicas. No C6 Bank, Caixa Econômica e Inter, por exemplo, o Pix continua sendo gratuito mesmo para os clientes empresarias.
Quanto os bancos estão cobrando de Pix?
Nos grandes bancos, há uma tarifa para transferências (valor máximo de cerca de R$ 10) e outra para recebimentos por QR Code. Essa última é bem mais salgada e pode chegar a R$ 150, dependendo do valor transacionado e da instituição.
Procurados pelo portal 6 Minutos, Bradesco, Santander e Itaú Unibanco* informaram que as tarifas Pix de pessoas jurídicas variam de acordo com o perfil do cliente, do seu pacote de tarifas, da frequência de transações. E, que dependendo do relacionamento, as transações podem ser gratuitas.
“As demais tarifas [exceto recebimentos via QR Code] variam de acordo com o perfil do cliente e são alinhadas às suas necessidades e frequência de transações realizadas, com possibilidade de isenção atrelada ao volume transacional e relacionamento com o banco”, diz o Itaú. *Itaú informa que ainda não começou a cobrar o Pix QR Code.

Esses valores são justos?
Netto afirma que não existe motivo para o Pix custar mais que outros meios de pagamento, como Ted, DOC e boletos.
“A tarifa do Pix deve ser mais barata que dos meios de pagamentos concorrentes. O Pix custa menos que a Ted e menos que o boleto”, afirma o CEO da Matera.
Segundo ele, o recebimento de Pix por QR Code é muito semelhante ao pagamento com boleto. No caso dos boletos, o custo para as empresas varia de R$ 1 a R$ 2.
Faz sentido a tarifa aumentar de acordo com o valor da transação?
Faz. Netto diz que existe o risco da transação aumenta conforme a quantia enviada.
Por que os valores variam tanto?
Para o CEO da Matera, o mercado ainda se está ajustando à precificação do Pix. “Alguns players estão cobrando um valor fixo do Pix como era no mundo da Ted e do boleto. O mercado ainda vai se ajustar, porque a concorrência é alta demais.”
Para ele, a própria concorrência vai reduzir o valor das tarifas do Pix.
“Existem mais de 700 participantes desse sistema de pagamentos. Se o seu banco está cobrando uma taxa alta demais, é só procurar outro que cobra menos ou te isenta. A concorrência vai obrigar alguns bancos a reduzir suas tarifas de Pix.”