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Agora é a hora de buscar soluções, para que a “crise” não volte com a próxima folha de pagamento dos funcionários da empresa.
Terminal de passageiros sem ônibus e sem usuários no dia da greve dos motoristas da Empresa São José
A reunião entre representantes da São José, da Prefeitura, Emdef e Sindicato dos Motoristas na quarta-feira (23) chegou a uma paz duradoura ou só vai até a próxima folha de pagamento?
Esta é uma pergunta que as pessoas que utilizam o transporte coletivo urbano de Franca fazem nas quatro regiões da cidade.
E a preocupação tem razão de ser.
Terminada a reunião, o que se falou é que os ônibus voltariam a circular na quinta-feira (24), pois havia sido acordado que o pagamento atrasado seria feito em duas parcelas, sendo uma na quinta-feira e outra na sexta-feira (25).
O presidente do Sindicato dos Motoristas, Geraldo Xavier, foi quem mais deu entrevista, nas quais explicou que a questão envolvendo os funcionários da empresa estava resolvida.
Não houve nenhum comunicado oficial da Prefeitura de Franca e nem da Empresa São José.
Não se sabe que acordos foram estabelecidos para resolver a questão financeira de forma permanente.
“Equilíbrio financeiro”
Não foi explicado, por exemplo, se o “equilíbrio financeiro” pedido pela Empresa está sendo analisado pela Prefeitura de Franca. E tudo indica que esse é o principal problema.
Aparentemente, o transporte público de passageiros em Franca é caro e integralmente custeado por quem o utiliza.
Não existe no contrato nenhuma menção à participação da Prefeitura no custeio da operação.
Segundo a empresa, o transporte é caro porque cerca de 45% dos passageiros usufruem de alguma gratuidade: de 100% ou de algum percentual.
Como isso não é ressarcido, o valor da gratuidade é pago pelos demais passageiros, o que encarece a passagem.
Deliberação
O modelo do transporte coletivo utilizado em Franca é o mesmo há 60 anos, tirando a mudança feita no governo Gilmar Dominici, quando se implantou a integração e a viagem circular.
A cidade continua crescendo e alguns percursos, mesmo com integração, continuam longos e demorados.
A Emdef, que administra o sistema por deliberação da Prefeitura, poderia estudar o assunto de forma aprofundada, buscando os pontos que a população tanto reivindica: custo baixo, viagem rápida, mais horários e mais qualidade.
Ao que parece nada disso foi discutido na reunião. Mesmo porque o objetivo do encontro foi estancar o vazamento.
Agora é a hora de buscar soluções, para que a “crise” não volte com a próxima folha de pagamento dos funcionários da empresa.