Lockdown exige que francanos com mais de 40 anos aprendam a comprar pela internet

  • Marcia Souza
  • Publicado em 5 de junho de 2021 às 18:00
  • Modificado em 5 de junho de 2021 às 19:02
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Público nessa faixa etária aumenta nas compras virtuais de eletrônicos a alimentos

Público na faixa etária acima dos 40 anos aumenta nas compras virtuais de eletrônicos a alimentos

Muitas pessoas acima dos 40 anos não gostam, ou não confiam, na modalidade de compra pela internet.

Alguns sequer utilizam aplicativos de bancos para fazer operações financeiras. A desconfiança com golpes cibernéticos é o principal motivo.

Mas agora, com a pandemia e, sobretudo, com o lockdown em Franca, eles têm sido obrigados a se adaptar.

É o caso de José Carlos da Silva. O representante comercial, de 42 anos, prefere o “olhos nos olhos” no momento das compras e pagamento de boletos.

No entanto, o receio de fazer compras presencialmente o obrigou praticamente a se inserir neste universo. “Não dá para confiar e ir a locais lotados. Mesmo com um pé atrás, aprendi a pedir produtos e comida pela internet”, afirmou.

E ele não está sozinho nessa. Estudo da Experian destaca que a presença de consumidores nos canais online aumentou expressivamente com a pandemia.

O aumento da porcentagem dos clientes com mais de 40 anos que passaram a usar o internet banking. Eram 33% antes da pandemia e 38% em janeiro de 2021.

Essa mesma faixa etária passou a pedir mais comida e fazer compras no mercado online, um crescimento de 10 pontos percentuais no mesmo período.

A pesquisa mostra ainda que as empresas se esforçaram para atender a demanda crescente. Nove em cada dez negócios analisados disseram ter uma estratégia digital de jornada do cliente, sendo que quase metade delas (47%) implementou esta medida na pandemia.

Esse esforço, no entanto, parece não ser suficiente para o consumidor. “É uma continuação de uma tendência que relatamos em 2019, quando 95% das empresas disseram que resolveram o problema de reconhecimento, mas 55% dos clientes relataram que ainda não se sentiam reconhecidos”, aponta o texto do levantamento.


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