Ao contrário do que quase sempre ocorreu no exterior, notadamente na Europa, a música instrumental nunca foi muito popular aqui no Brasil. Desde que me entendo por gente, o rádio, que sempre foi o grande divulgador da música mais popular, só tocava os ditos “sucessos” através de interpretações vocais. Tradicionalmente, o gênero instrumental sempre foi valorizado por um público mais elitizado, mormente formado por aficcionados do jazz e da música de vanguarda.
Entretanto, aos poucos, foram aparecendo instrumentistas formados sobretudo na escola do choro, que vêm sendo descobertos e cultuados por músicos de novas gerações, o que vem possibilitando a conquista de espaços cada vez maiores no cenário instrumental nacional e até com enorme projeção internacional. Diga-se de passagem que, primeiro, conquistando o público lá de fora para, depois, acontecer aqui no Brasil.
A partir da década de 70, com a revitalização do já citado choro, começaram a aparecer novos solistas e grupos instrumentais, possibilitando o crescimento dessa audiência.
Alguns nomes já se fixaram como grandes instrumentistas, como, por exemplo, os que podemos chamar da “primeira geração”, que despontou a partir da metade do século XX: Garoto e Dilermando Reis (violonistas), Jacob do Bandolim (bandolim), Waldir Azevedo (cavaquinho) e Altamiro Carrilho (flautista).
Da geração mais recente, alguns nomes se impõem: Egberto Gismonti (piano, sintetizador, violão e flauta), Hermeto Paschoal (toca tudo, até o que inventa), César Camargo Mariano (piano), Duo Fel, Raphael Rabello , Yamandu Costa, Sebastião Tapajós, Toquinho e Paulinho Nogueira (violão), Armandinho (bandolim e guitarra), Hélio Delmiro e Haroldo do Monte (guitarra), Sivuca, Dominguinhos e Toninho Feragutti (acordeon).
Como somos, de certa maneira, apaixonados pelo gênero instrumental, vamos continuar esta pesquisa e trazer mais informações aqui neste espaço, levando até você um pouco mais de informação quanto ao tema.
Não abrimos mão de sua leitura no próximo post.
Fontes : Coletânea de Anotações
Fotos : Liga Entretenimento/Divulgação
“DUOFEL”
Na maioria das noites, na TV aberta, tá difícil alguma coisa interessante. Não vou nem citar o que incomoda ou deixa de incomodar porque os incomodados que se retirem, né ? Ponto.
Zapeando, dou de cara com “Tio” Ronnie, dos poucos decentes restantes. É, o Ronnie Von da época da Jovem Guarda, mas que nunca fez parte da dita cuja, segundo ele mesmo. E ele é bom no que faz até hoje, além de cantar : conduzir programa na TV. Bem, deixa pra lá. Quero mesmo é falar de música instrumental, já que toquei no assunto aí em cima.
E música instrumental da melhor qualidade. No “Tio” Ronnie !
Duofel. Conhece o Duofel ? Não sabe o que ta perdendo ! Dois comportados senhores, aparentemente tímidos, discretos e quase sisudos que arrebatam cada segundo do espectador com sua incrível musicalidade.
Autodidatas (segundo eles próprios), começaram a tocar juntos em 1977, em 1985 passaram a acompanhar Tetê Espíndola e em 1989 ganharam o público internacional no Belga Jazz Festival, de Bruxelas, na Bélgica, ao lado de Tetê Espíndola e Arrigo Barnabé.
Um de seus últimos trabalhos, dentro de sua extensa discografia, é o álbum “Duofel Plays The Beatles”, contendo canções como “Here, There And Everywhere”, “Eleanor Rigby” e “Norwegian Wood”.
No link, Fernando Mello e Luiz Bueno, o Duofel, esbanjando talento:
BENY CHAGAS MUSIC SHOW
Mais Brasil FM– 101,3 Mhz – Franca, SP : sábado e domingo às 10h; 2ª Feira às 20h.
radionovaip.com.br – Ribeirão Preto – SP : diversos horários aleatórios
ponto1000-Brasil.com – Ribeirão Preto – SP : Sexta 22h, Sábado 10h e 22h e Domingo 12 e 22h.
portalmusicalfranca.com.br – Franca – SP : Domingo a Sexta 18h e Sábado 19h.
Rádio Viva Manaus – Web Rádio Studio Y – Manaus – AM – Domingo 18h (19h Brasília).
Envie suas sugestões para inclusão nos roteiros de programação: (16) 3017-2030, whats app
O histórico do duo remete ao ano de 1977, quando os violonistas Fernando Melo e Luís Bueno começaram a tocar juntos.
Em 1985, formaram o duo, que passou a acompanhar Tetê Espíndola. Nesse mesmo ano, atuou ao lado da cantora na interpretação de “Escrito nas estrelas”, tendo sido responsável também pelo arranjo da canção que venceu o “Festival dos Festivais” (TV Globo).
Em 1987, participou do Festival de Música Instrumental de Avaré (SP), classificando-se em 1º lugar.
Em 1989, apresentou-se no Belga Jazz Festival (Bruxelas), ao lado de Arrigo Barnabé e Tetê Espíndola.
No ano seguinte, gravou o CD “As cores do Brasil”.
Em 1992, acompanhou Hermeto Pascoal em vários shows pelo Brasil.
Lançou, um ano depois, o CD “Duofel”, contendo composições de Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal e Caetano Veloso, entre outros, e trazendo a participação de Oswaldinho do Acordeon, Duda Neves e Edu Helou.
Foi contemplado com o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Música Instrumental, pela faixa “Do outro lado do oceano”.
Participou, ao lado de Sebastião Tapajós, do “Brazilian Guitar Night”, atuando na Alemanha, Áustria, Bélgica e Lichtenstein.
Ainda na década de 1990, gravou os CDs “Kids of Brazil” (1996), dedicado aos meninos de rua, e “Atenciosamente, Duofel” (1999).
Em 2000, comemorando 20 anos de carreira, lançou o CD “Duofel 20”.
Lançou, em 2012, o CD ”DuoFel plays The Beatles”, com canções de John Lennon, Paul McCartney e George Harrison, como “Eleonor Rigby”, “Here, There & Everywhere”, “Norwegian Wood