HISTÓRIAS DA MÚSICA BRASILEIRA

  • mmargoliner
  • Publicado em 4 de março de 2016 às 14:53
  • Modificado em 4 de março de 2016 às 14:53
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NOS BAILES DA VIDA

Antes de acontecer como a jóia rara da música brasileira e internacional, o grande Milton Nascimento, como tantos e tantos outros artistas importantes, também  foi músico de baile. Creio eu que a maioria das pessoas que lêem esta coluna sabe que Milton nasceu no Rio de Janeiro, mais precisamente numa comunidade da Tijuca, mas passou a infância em Três Pontas, em Minas Gerais. Foi em Belo Horizonte que passou a época de estudante universitário (foi estudar Economia) e se enturmou com outros grandes nomes da nossa música, que também “ralaram” nas noites em bares, boates e bailes.

Entre Três Pontas e BH,como crooner e contrabaixista dos conjuntos W’s Boys, Tempo Trio, Berimbau de Ouro, Evolussamba e Quarteto Sambacana, conviveu com Wagner Tiso, Helvius Vilela, Pascoal Meireles e outros.

Em Belo Horizonte tem uma rua que costumava ser “point” dos artistas e músicos, a Afonso Pena, local onde a moçada conseguia os “frila”, ou seja, os “bicos”, os contratos eventuais pra shows e bailes. E ali rolava muita conversa , histórias  e estórias envolvendo, principalmente, o Bituca (apelido de Milton).

Entre os assuntos preferidos nos encontros entre ele e seu parceiro Fernando Brandt  (falecido recentemente) estavam esses “causos”. E o tema acabou virando música. Certa feita, ao receber uma fita com uma nova melodia pra colocação de letra, Brandt achou por bem usar o tema em questão e criou os primorosos versos de “Nos Bailes da Vida”, que acabou por se transformar numa espécie de hino aos músicos : “Foi nos bailes da vida/ ou num bar em troca de pão/  Que muita gente boa pôs o pé na profissão…”

Fernando Brandt e Milton Nascimento

A música, pronta, foi oferecida a Ney Matogrosso, que a recusou. Apesar de vários outros artistas haverem se interessado pela composição, coube à cantora Joanna o privilégio de seu lançamento em julho de 1981, em seu LP “Chama”. Quase ao mesmo tempo, o grupo 14 Bis também realizou sua gravação, no disco “Espelho das Águas”.

A versão definitiva veio através do próprio Milton, juntamente com o grupo “Roupa Nova”, em seu 15º disco, “Caçador de Mim”, em setembro de 1981, na qual ele valoriza emocionado a citação ao seu início de carreira : “…foi assim”, “…era assim”, “…assim será”, …não me canso de viver, nem de cantar !”

…Nos bailes da vida !

(Fonte: Material de meu arquivo pessoal de recortes de revistas e Jairo Severiano / Zuza Homem de Mello in “A CANÇÃO NO TEMPO”, Editora 34).

GENTE BOA  QUE BRILHOU NOS PALCOS DE FRANCA !

A propósito, meu amigo Maury Gatti , grande músico, compositor, produtor e também colunista aqui no nosso “Jornal da Franca” deu a sugestão. Apreciamos muito! E estamos pesquisando pra colocar em prática sua ideia, tal e qual ele “no-las deu” (tá vendo? tá lendo?): falar um pouco sobre músicos que embalaram as noites de Franca e região e inspiraram muitos de nós, que abraçamos, de uma forma ou de outra, esse agridoce ofício que é o de levar música até as pessoas.

Muitos deles ainda estão entre nós. Outros não mais.

Muitos, firmes e fortes. Outros, nem tanto.

Já estamos debruçados no assunto e logo a matéria estará aqui, em gotas semanais.

Thanks a lot, querido brother Maury Gatti. Bela sugestão !!!

BENY CHAGAS MUSIC SHOW

Grandes originais e primorosas releituras. Tocamos Laura Fygi, John Pizzarelli, Louis Armstrong, Scott Hoying…Coisas que, NORMALMENTE, você não ouve por aí.

Sábado às 9h e domingo às 10h da manhã na Mais Brasil FM-Franca–SP-101,3 Mhz.

Sábado e domingo às 11h da manhã em www.radionovaip.com.br-Ribeirão Preto-SP.

Sábado e domingo às 12 e 20h em www.ponto1000.com- Ribeirão Preto-SP.

Aguarde mais endereços.

Não abrimos mão de você!

*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.


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