Niepoort-Lalique, o Vinho do Porto que é uma jóia

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 6 de novembro de 2018 às 15:21
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 13:54
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Foi vendida em um leilão em Hong Kong na Acker Merrall & Condit, a garrafa mais cara de Vinho do Porto.

Uma garrafa magnum, de 1,5 Litros, da Vinícola Niepoort de 1863, atingiu o preço de 127 mil dólares, em torno de 111 mil euros. Este recorde foi registrado no Guiness.

Além do vinho que tem reconhecimento mundial, este ainda está numa garrafa feita pela Cristaleria Francesa Lalique.

Segundo informações do site da Cristaleria:

“A colaboração entre Lalique e Niepoort foi anunciada no início deste ano e resultou em cinco decantadores de garrafões, cada um gravado com um nome de uma das cinco gerações de van der Niepoort. Cada garrafa é assinada por Lalique, numerada e preenchida com o excepcionalmente raro vinho do Porto de 155 anos, de um decanter original de garrafão Niepoort na adega Niepoort no Porto, Portugal. Cada um dos cinco decantadores representa uma geração da dinastia do vinho do Porto desde a sua fundação em 1842 por Franciscus Marius van der Niepoort, até Dirk van der Niepoort, a quinta geração, que dirige a empresa hoje.

O design é baseado no garrafão original de 11 litros de 1905 criado usando um dos mais antigos métodos de produção de vidro – um reconhecimento da herança de Lalique e Niepoort – cire perdue ou “cera perdida”, uma técnica aprendida e passada pela gerações de artesãos qualificados e ainda hoje utilizados na fábrica de Lalique, na Alsácia”

Nascido em 1860, em Aÿ-em-Champagne na região de Marne , na France, René Lalique com 16 anos começou o seu aprendizado como joalheiro. Estava nascendo um grande nome do design. Tatos suas joias como depois as peças em vidro encantava a todos, chegando a ser contratado para decorar interior de navios , trens (como o Expresso do Oriente) e Igrejas.

Depois de falar da embalagem, que já é uma joia por si só, ainda temos o Vinho do Porto produzido pela Niepoort.

Vinícola fundada em 1842, pelo holandês Franciscus Marius Van der Niepoort como mencionado acima, que busca pequenos e na maior parte das vezes incomuns terrenos para produzir os seus melhores vinhos. Uma referencia em vinhos, inclusive Vinho do Porto hoje segue comandada pela quinta geração da família, e prima pela qualidade de seus produtos.

A safra de 1863 é conhecida como um ícone antes da filoxera, praga que dizimou os vinhedos da época.

Então aqui temos um valor muito alto caso se tratasse de um vinho comum. Mas levando em consideração a história deste vinho, desde a safra, qualidade da produção até a importância da garrafa, que é uma obra de arte, o valor passa a ser respeitado pelos apreciadores do Mundo do Vinho.


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