MAIS SOBRE A MÚSICA

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 1 de agosto de 2016 às 09:54
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 13:59
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A música não é uma distribuição arbitrária de sons. Muito pelo contrário, é uma bela combinação desses elementos entre si. E a beleza surge precisamente dos três elementos que se distinguem como sendo os principais na configuração da linguagem musical: melodia, ritmo e harmonia.

A melodia é uma sucessão de sons dispostos em períodos ou frases musicais. Ela é, fundamentalmente, produto da inspiração do músico e por isso difícil de ser submetida a leis.

Conforme o meio de expressão, a música pode ser vocal ou instrumental. A melodia é o elemento da música que permite seguir com certa lógica o discurso da linguagem musical. Usando-se como comparação a linguagem gramatical, a melodia diferencia uma canção ou composição de outra, do mesmo modo que uma obra literária ou um discurso oral diferencia-se de outro.

O ritmo é a ordenação de sons no tempo segundo determinadas regras. Musicalmente, é dado pela relação que, quanto a valor, os sons guardam entre si em seu fluxo contínuo.

Para sua maior compreensão, o músico realiza uma série de divisões atendendo à acentuação e ao pulso da música, que ele denomina tempo.

A harmonia é a combinação de vários sons que soam simultaneamente e formam um todo agradável ao ouvido. Também pode ser definida como a arte de formar e encadear os acordes, entendendo-se por acorde a combinação simultânea de três ou mais sons.

Quando duas ou mais melodias soam ao mesmo tempo e guardam certa relação harmônica, produz-se o contraponto. A combinação desses três elementos (melodia, ritmo e harmonia) possibilita a definição de um estilo musical e o diferencia de outros estilo.

NEGRO GATO

Essa música foi um dos maiores sucessos de Roberto Carlos no tempo da Jovem Guarda. Foi também revisitada com muita propriedade por Luiz Melodia e Marisa Monte. E muita gente pensa que é mais uma das incontáveis composições de Roberto e Erasmo Carlos. Só que não ! Sabe de quem é? É de um cara chamado Getúlio Côrtes.. Vam’ falar dele ?

Getúlio Francisco Côrtes é um carioca nascido em 1938, irmão do cantor de black music  Gerson King Combo. Roqueiro de primeira, gostava de Elvis Presley, Little Richard e outros, mas também mandava muito bem na cola de Frank Sinatra, Louis Armstrong e Sammy Davis Jr.. Foi baterista de um grupo chamado  Wonderful Boys e roadie de Renato e Sesus Blue Caps até estrear como compositor em 1965 através de Roberto, que gravou naquele ano sua composição “Noite de Terror”.

No ano seguinte conseguiu a façanha que nenhum outro compositor conseguiria: que o Rei gravasse duas de suas criações num mesmo disco. As músicas eram “O Gênio” e “Negro Gato”. E seguiram-se muitas outras: “O Sósia”, “O Feio”, “Pega Ladrão”,  “Atitudes”, “Por Motivo de Força Maior”,”O Tempo Vai Apagar”e outras.  

Tornando-se um clássico da Jovem Guarda, “Negro Gato” representa bem o estilho bem humorado e brincalhão do compositor que , com o final da Jovem Guarda, praticamente pendurou as chuteiras, passando a viver de direitos autorais que hoje, aos 77 anos, ele afirma não ser lá grande coisa, mas  o suficiente pro sustento.

Para os que vêem na letra da canção”Negro Gato” uma conotação de protesto identificada com a causa negra, Getúlio, um dos raros artistas negros ligados à Jovem Guarda informa :

“-Construí um barraco no quintal da minha casa, em Madureira. Ficava lá, fazendo minhas coisas, e tinha um gato que não parava de me perturbar. Eu tacava pedra nele, ameaçava matar, e nada. O bicho lá, me olhando. Terminei me inspirando nele para fazer uma música. Não pensei que fosse gravar porque gato preto dá azar”.

Fontes e referências : Enciclopédia do Estudante e

                                    A Canção no Tempo – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello

                                    Anotações esparsas de jornais e revistas.

HOMENAGEM AO GRANDE VALOR DA MÚSICA FRANCANA


Nesta quinta, dia 4, às 8 da noite, uma homenagem mais do que justa: do Sesc ao Maestro Laércio de Franca.

A Banda Mogiana, de Ribeirão Preto, interpreta na íntegra o cd “Orquestra Laércio de Franca” lançado em 2002. Está programada também uma exposição audiovisual no saguão do Teatro Municipal de Franca.

A geração dos mais maduros conhece muito bem e a dos mais novos já ouviu falar, com certeza, de um dos maiores representantes de nossa cidade Brasil afora : Laércio Piovesan, músico e bandleader, à frente da  sua renomada ”Orquestra Laércio de Franca”.

Sinônimo de respeito e sucesso absoluto por onde passou em sua longa e marcante trajetória musical, abrilhantou memoráveis bailes de formatura e debutantes, dividindo palco com os maiores nomes da música brasileira nas décadas de 60 e 70 até o início dos 80, quando a orquestra deixou de existir. Mas o “Maestro” , durante estes anos todos até hoje, aos 84 anos, nunca deixou de mostrar sua arte e seu talento , escrevendo arranjos e executando de maneira inconfundível seu trompete, gravando e se apresentando ao lado de novos grandes valores da música francana, a quem denominamos os talentos da nova safra.

Este colunista teve o privilégio de conhecer boa parte do Brasil integrando a Orquestra Laércio de Franca na década de 70…

Ilustrando o texto, foto do ano de 1973: o Maestro está ao teclado,

Ao nosso querido mestre, nossa reverência !

BENY CHAGAS MUSIC SHOW e BENY CHAGAS Mr. FLASHBACK

Passando por “reformas estruturais”.

Retornaremos na primeira semana do mês de outubro com novos formatos, novas vinhetas e repertório muito mais amplo. Suas sugestões estão sendo recebidas e incluídas nos roteiros de programação.

Não abrimos mão de sua companhia. 

*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.


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