Uvas autóctones da Itália

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 14 de agosto de 2020 às 22:15
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 13:55
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Quais são as uvas autóctones da Itália?

Bem, antes de falar de uvas, vamos explicar este “palavrão” usado também no mundo do vinho. 

Autóctones segundo o Google: 

Uvas típicas do lugar pode ser uma tradução rasa, mas interessante para sermos mais claros e simples. Afinal, a intenção é descomplicar e não complicar.

Então, vamos falar alguns tipos de uvas que são típicas da Itália , lembrando que não são só estas. Mas para não ficar um post chato e extenso, vamos falar de algumas uvas mais conhecidas e outras nem tanto. Assim, você pode se interessar por uma que não conhece e saber um pouco mais das que conhece, experimentando cada vez mais tipos de vinhos diferentes, descobrindo novos sabores.

Aglianico: Encontrada no sul da Itália, esta uva pode produzir vinhos encorpados com sabor tânico , de compota de cereja , chocolate e alcatrão.

Arneis: Cultivada principalmente no Piemonte, é considerada uma das melhores cepas brancas da Itália, encorpada com estilo seco.

Barbera: também do Piemonte, onde produz vinhos encorpados, é a segunda uva mais cultivada no norte do país. 

Cortese: encontrada no Piemonte (as melhores são de Gavi), na Lombardia e no Veneto. Produz vinhos brancos secos encorpados e refrescantes.

Corvina: Encontrada no Norte da Itália, é usada no famoso Valpolicella DOC e Bardollino, tem taninos sedosos. Já nos Amarones aparece com sabor marcante e bem persistente.

Dolcetto: Responsável por vinhos jovens para consumo rápido ou envelhecidos. Esta uva diferente ao que o nome sugere, raramente produz vinhos doces. 

Montepulciano: Cultivada na região central da Itália, o mais famoso é o Montepulciano d’Abruzzo. Esta uva é responsável por vinhos com boa acidez, coloração intensa e taninos suaves.

Nebbiolo: Esta uva é de difícil cultivo, por isto difícil de achar fora do noroeste da Itália. Usada nos famosos Barolo e Barbaresco, esta uva é responsável por vinhos perfumados, com alta acidez e taninos potentes.

Negroamaro: Típica da Puglia, esta uva produz vinhos de coloração profunda, taninos concentrados e sabores encorpados.

Nero d’Avola:  A uva mais importante da Sicilia, é caracterizada por suculenta acidez, taninos finos e as vezes agressivos, com notas de amora. 

Nero di Troia: Também oriunda da Puglia, tem aroma de cereja madura, amora, cassis e cacau . Os varietais são profundos, complexos e ricos em taninos.

Primitivo: conhecida na California como Zinfandel, na Itália produz vinhos bem diferentes. Usada em cortes ou vinhos varietais, tem característica de vinhos alcoólicos de sabor frutados, levemente amargos.

Sangeovese: o tipo de uva mais cultivado da Itália, responsável pelos Chianti, Brunello e Rosso di Montalcino. Produz vinhos com médio corpo ou muito encorpados com taninos suaves.

Trebiano: É a uva branca mais cultivada da Itália, e também cultivadas em outros países onde leva outros nomes entre eles: Ugni Blanc . Na Itália geralmente faz parte de cortes.  Muito usada na produção do aceto balsâmico.

Vernaccia: O mais conhecido é da região de San Gimignano, mas também usada em toda a Itália. Produz um vinho branco seco com notas de nozes e especiarias.

São muitas, eu sei, e o melhor é que tem muito mais. As uvas são redescobertas , algumas que não eram tão importantes passam a ser cultivadas de maneira diferente ou em outro Terroir e reaparecem com grande potencial. 

Não precisamos decorar tudo, o interessante é ir descobrindo os sabores de cada tipo, de cada Terroir e aproveitar cada garrafa, cada aroma, cada sabor. E entender que cada uma faz parte da história da Itália e de seu povo, sua cultura, sua geografia, tecnologia, e cada mínimo detalhe que faz toda a diferença. 

Ou detalhes que não são tão mínimos assim…como um vulcão . Mas este vamos deixar para outro post.

E aí, conhece algum vinho com estas uvas? O que acha de degustar um estes dias para conhecer ou relembrar?

É só escolher, e tenham bons momentos…


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