Você viu? Pilotar drone em lavouras rende salário de até R$ 12 mil por mês

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de fevereiro de 2020 às 13:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:23
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Maior uso de drones na pulverização aqueceu a demanda por mão de obra, garantindo remuneração atrativa

O uso de drones na aplicação de defensivos químicos e biológicos em lavouras tem aumentado no Brasil. 

Entre os motivos, a otimização dos trabalhos e a facilidade de acesso a locais “mais difíceis”, como explica o engenheiro agrônomo Márion Henry Ribeiro Dantas, que é instrutor credenciado do Senar Mato Grosso. 

“Os drones chegaram – relativamente – há pouco tempo no campo e a aceitação tem sido muito boa pelos produtores. A demanda por esta prestação de serviço tem crescido. 

“A ferramenta permite a aplicação de produtos em pontos específicos onde o trator não entra, onde o avião não consegue fazer uma aplicação direcionada com tanta eficiência”, comenta.

Márion também destaca outra vantagem do uso do drone nas pulverizações: 

A segurança nas aplicações, tanto pelo menor (ou quase inexistente) contato do operador com o maquinário e com o produto, quanto pela redução dos riscos de derivas pelo vento, já que a aplicação é direcional.

Para os produtores que tenham interesse em adotar a tecnologia nas atividades de campo, o instrutor orienta a procura de empresas que tenham conhecimento comprovado sobre o tema.

Para ele, também é importante que sejam regulamentadas, tenham pilotos registrados na Anac e drones devidamente regulamentados. 

Adquirir o equipamento e qualificar a mão de obra disponível na fazenda também é uma boa alternativa, segundo Márion. 

“A busca pela capacitação é fundamental e o Senar tem um papel importante nisso, oferecendo treinamentos para operação de drones com foco na agricultura”, afirma.

Quem deseja investir na carreira de piloto de drones, ou em português vant (veículo aéreo não tripulado), deve procurar cursos e treinamentos (como os do próprio Senar)

Os cursos precisam ter foco direcionado para o uso do equipamento na agricultura, incluindo a aplicação de produtos químicos. 

Vale lembrar que antes de prestar o serviço, o piloto tem que ser registrado na Anac como operador de drone. 

O mesmo vale para os equipamentos, que também seguir todas as exigências estabelecidas pela Anatel.

A procura por profissionais capacitados tende a ficar ainda maior, já que os equipamentos também começam a ser utilizados na pulverização de pastos e áreas de florestas plantadas.

“O mercado tem crescido bastante para pilotos. A variação de salários na região central do Brasil vai de R$ 1,5 mil a até R$ 12 mil por mês, dependendo da categoria do drone que será operada”.

Também conta os tipos de aplicações que serão executadas. Faltam pilotos qualificados para atender a demanda do agronegócio”, alerta.


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