​Vereadores questionam pagamento de aluguel de prédio vazio da Incubadora

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de setembro de 2018 às 08:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Marco Garcia e Della Motta batem no atual governo e querem explicações sobre a situação

Os vereadores Marco Garcia (PPS) e Della Motta (Podemos) questionaram a denúncia do Observatório Social do Brasil, de que a Prefeitura de Franca para aluguel de imóvel vazio no valor de R$ 9 mil por mês.

A reação dos vereadores ocorreu após a denúncia feita pelo Observatório Social do Brasil, de que o governo desocupou o prédio onde funcionava a Incubadora de Empresas de Franca e renovou o contrato de aluguel sob justificativa de que implantaria novos projetos no imóvel, o que não ocorreu. O prejuízo já chega a R$ 45 mil aos cofres públicos.

Marco Garcia afirmou que é um ato de irresponsabilidade do governo em dispender recursos com o pagamento de tal valor e que há outras situações importantes que não são contempladas. “Lamento muito porque o governo não se sensibiliza com a situação dos pacientes da Fisioterapia da Santa Casa, inclusive do Hospital do Câncer da cidade. Como presidente da Câmara, reservei recursos de R$ 50 mil em 2016 e 2017 para construir a cobertura, para os pacientes não tomarem chuva, e o prefeito não fez”, afirmou o vereador.

Della Motta também criticou a administração. “Foi falado na época que a Incubadora iria para o Parque Fernando Costa, ainda assim, renovaram um contrato pagando R$ 9 mil por mês, sendo que falta dinheiro para a Saúde, merenda e outras coisas que dá para se fazer com esse dinheiro”, criticou.

Até o presidente da Câmara, Donizete da Farmácia (PSDB), que normalmente tem uma postura de neutralidade, afirmou que o dinheiro pago no aluguel “dá para fazer seis cirurgias de catarata” para pacientes da rede pública.

Nenhum vereador da base governista se manifestou em defesa da administração municipal.

Explicações

O Observatório Social oficiou a Prefeitura e a Câmara e deu 15 dias de prazo para o governo  municipal se justificar. Em seguida, o caso deverá seguir para o Ministério Público e pode se transformar em uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito e os secretários envolvidos.

“A Prefeitura continua onerando seus escassos recursos financeiros em vultuosos aluguéis mensais de R$ 9 mil cada. Lembramos que, desde a última renovação, até a presente data, já se passaram mais de cinco meses, o que presumivelmente enseja um dispêndio de, pelo menos, R$ 45 mil”, concluiu o Observatório Social.

O OSB questiona quais são – e se há – projetos cotados para serem desenvolvidos no imóvel em substituição à Incubadora de Empresas. Requer ainda que seja informado, no mesmo prazo de 15 dias, quando a Incubadora efetivamente deixou o prédio.


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