Vereadores corrigem projeto “malicioso” de Gilson para prazo ao SESC

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de abril de 2018 às 06:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:39
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Prefeito queria que obra fosse entregue até 2020, portanto, ainda dentro de seu mandato

​A Câmara dos Vereadores corrigiu, nesta terça-feira, um projeto de lei do prefeito Gilson de Souza (DEM) que dava prazo ao SESC para que a unidade em Franca fosse construída até dezembro de 2020.

A única razão aparente para esta data é que ela coincide com o final do mandato de Gilson. Não há no projeto qualquer explicação técnica ou fundamento que justifique a redução do prazo pedido pelo SESC, de 62 meses, para perto de 30 meses. Ainda mais considerando o porte da obra, orçada em R$ 150 milhões.

Nesta terça-feira, Sidney Elias, representante do “Movimento SESC Franca Já” utilizou a tribuna da Câmara para pedir apoio aos vereadores na aprovação do projeto, do qual dependia a instalação do SESC na cidade. 

Os vereadores aprovaram, à tarde, o projeto com uma emenda coletiva alterando o prazo estipulado por Gilson para os 62 meses que, segundo a liderança do prefeito, o SESC pediu para a construção, por questão de segurança, mas concluirá a obra antes.

Sidney Elias afirmou aos parlamentares que procurou o SESC nesta semana para saber sobre a viabilidade do prazo estipulado no projeto pelo Poder Executivo, até o final do ano de 2020.

“Eles me disseram que entregar a obra em 2020 é inexequível. O SESC afirmou que protocolou o cronograma de obras e que quer crer que foi uma falta de atenção na hora de digitar os dados”, afirmou Elias.

O representante do movimento afirmou que a instalação do SESC em Franca vai gerar atendimentos a três mil pessoas por dia, empregando 300 funcionários fixos. Durante a construção, serão outros 400 trabalhadores.

“O SESC não começou as obras pela inércia deste governo. Gostaria que aprovassem o projeto e acrescentassem uma emenda. O prazo mínimo, segundo o SESC, é de 42 meses e o prazo de segurança de 48 meses”, afirmou Sidney Elias.

Em seguida, o vereador Pastor Otávio Pinheiro (PTB), líder do governo, pediu o prazo de uma semana para que o prazo fosse acertado por ele com o Poder Executivo e o próprio SESC. Não foi aceito e a matéria entrou em regime de urgência, em ação orquestrada pela oposição de Gilson.

Agora, o projeto seguirá para ser sancionado por Gilson. Se ele vetar, a oposição já adiantou que trabalhará para derrubar o veto. Com a promulgação da lei, pelo prefeito ou pelo Legislativo, o SESC deverá dar início ao processo de construção com abertura de processo licitatório para contratar uma construtora. 


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