Vereador quer contratação de consultoria para que governo regularize cargos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de junho de 2018 às 00:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:48
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Mesmo com a Prefeitura não tendo recursos, Corrêa Neves Júnior defende gasto para preservar comissionados

O vereador Corrêa Neves Júnior (PSD) defende a contratação de uma empresa especializada para que esta faça ​a elaboração de um projeto de lei regularizando os 225 cargos comissionados que o Tribunal de Justiça mandou extinguir, alegando inconstitucionalidade.

A postura do vereador vai contra a realidade das finanças da Prefeitura, que recentemente anunciou cortes de 30% em todas as secretarias, que alega não ter dinheiro para pagar ações vencidas pelos servidores na justiça, que atrasa repasses para a Santa Casa e não pode implantar as dezenas de promessas que Gilson de Souza (DEM) fez durante a campanha.

O elevado número de cargos comissionados na Prefeitura já foi motivo de duas sentenças ordenando o fim dos cargos. Após a primeira decisão, a Prefeitura voltou a elaborar um projeto para “regularizar” a situação.

Mas, contrário à realidade de enxugamento de recursos, os cargos foram novamente inconstitucionais, por ferir as constituições Federal e do Estado. A insistência de Gilson  em apresentar o projeto, mesmo com uma decisão anterior contrária, poderá render ainda uma ação de improbidade administrativa.

E agora, contrariando toda lógica, o vereador quer que Gilson disponha de recursos públicos, que poderiam ser aplicados em saúde ou educação, para contratar uma empresa, por alguns milhares de reais, para manter os 225 comissionados que geram outra conta importante para a Prefeitura pagar todos os meses. Uma postura pelo menos imprudente do líder informal do prefeito, que poderá pagar o preço político por isso.


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