Vendas do comércio para o Dia das Crianças devem ter crescimento de 1,5%

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de outubro de 2018 às 17:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:04
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Nas projeções da CNC, as lojas de hiper e supermercados devem ter o melhor desempenho de vendas na data

Apesar de a
inflação dos preços de produtos e serviços mais consumidos no Dia da Criança
estar no menor nível em 17 anos, o crescimento de vendas esperado para a data
em 2018 é pequeno e abaixo do alcançado no ano passado.

A Confederação
Nacional do Comércio (CNC) calcula que o comércio varejista brasileiro deverá
movimentar R$ 7,4 bilhões neste Dia da Criança, com um avanço real de apenas
1,5% em relação à receita obtida na mesma data em 2017.

Se a previsão se
confirmar, o crescimento será cerca de um ponto porcentual menor que o de 2017.
O resultado é importante pois as vendas do Dia da Criança são uma prévia do
Natal, que concentra a maior parte do faturamento do varejo nacional. “Mesmo com menor variação de preços dos itens associados à
data comemorativa em 17 anos, a aversão ao endividamento por parte das famílias
deve reduzir o ritmo de crescimento de vendas”, diz o economista-chefe da
CNC, Fabio Bentes, responsável pela projeção.

Para fazer o
estudo, ele considerou a evolução dos preços de 11 produtos e serviços mais
vendidos na data, como brinquedos, roupas, doces, entretenimento, entre outros,
e concluiu que, em 12 meses até setembro, o valor dessa cesta aumentou 2,4%.
Foi a menor variação de preços da cesta desde 2001, que havia sido de 4,3%.

Na avaliação do
economista, nem inflação menor nem taxa de juros mais baixa serão capazes de
puxar para cima as vendas de forma vigorosa porque o desemprego em nível
elevado é um inibidor das compras financiadas. E as compras a prazo respondem
pela maior fatia do faturamento do varejo.

Outro fator que
tirou o vigor do crescimento da economia, especialmente do comércio neste ano,
foi a greve dos caminhoneiros. Até abril, as vendas do varejo ampliado, que
inclui veículos e materiais de construção, cresciam na faixa de 8% em relação
ao mesmo período do ano passado. E, de maio em diante, o ritmo caiu 50%.

Eleições

Segundo Bentes, a
incerteza eleitoral e o fato de a data comemorativa cair entre o primeiro e o
segundo turnos da eleição presidencial também devem afetar negativamente as
vendas.

Nas projeções da
CNC, as lojas de hiper e supermercados devem ter o melhor desempenho de vendas
na data, com alta projetada de 3,3%. O motivo é que essas lojas conseguem ter
preços mais competitivos. 


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