Tribunal está atento a fake news e denúncias, diz presidente do Tribunal

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de outubro de 2018 às 08:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:04
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Desembargador descartou existência de problemas quanto à segurança da urna eletrônica

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin, concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (08) para fazer um balanço do primeiro turno das Eleições 2018. 

Ele assegurou que a Corte está vigilante quanto à divulgação de notícias falsas envolvendo, especialmente, denúncias sobre o funcionamento das urnas eletrônicas, as quais são infundadas.

Neste domingo, dia da votação, 214 urnas eletrônicas foram substituídas, de um total de 113.319 usadas em todo o Estado (0,19%). Esse número é baixo e provocado por problemas pontuais. “A urna, como qualquer artefato, pode apresentar defeitos. Temos urnas mais modernas e algumas mais antigas, de modo que às vezes podem apresentar algum problema técnico”, disse o presidente do TRE-SP.

Esses problemas, de acordo com ele, não tiveram qualquer relação com denúncias de supostas irregularidades que chegaram ao conhecimento do Tribunal. “Em todas as verificações feitas até ontem (domingo), não encontramos nada digno de nota. Procedemos no exame de todas as reclamações e, na medida em que tivermos conclusões, elas serão passadas. Todos os problemas divulgados são questões administrativas e pontuais, então não vejo nada como preocupação”.

Ainda sobre o assunto, o desembargador Cauduro Padin aproveitou para fazer um apelo aos eleitores e aos veículos de comunicação, pedindo cautela na divulgação de notícias que podem ser infundadas.

“Todos nós que damos informações temos que sermos efetivamente  transparentes e responsáveis. Todo mundo pode até fazer algumas cogitações, mas ainda elas têm de ser responsáveis. Boa parte do que foi divulgado no dia da eleição se concentrou na dia da eleição. Em todos os pontos que fomos verificar, não encontramos urnas com problemas reais”, afirmou.

O desembargador também destacou a segurança da urna, que passa por procedimentos de auditoria e não é suscetível a ataques externos. “A urna é imune a hackers. Não tem ligação externa e não admite ligação com a rede”, disse.

Biometria

Nas Eleições 2018, 100 municípios paulistas tiveram a biometria como procedimento obrigatório na verificação da identidade de cada eleitor. Em algumas dessas cidades, ocorreu atraso devido à demora na identificação da digital.

“Não identificamos problema em si com a biometria. A eleição envolvia muitas escolhas e, em geral, o tempo de votação passava de um minuto por isso. Tivemos que distribuir senha em algumas localidades, devido a uma aglomeração de pessoas no horário final”, concluiu o presidente do Tribunal.


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