Tendência de futuro: Home Office é a grande aposta das empresas para este ano

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  • Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 11:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Com aplicativos como Skype e WhatsApp, parceria profissional torna-se possível, apesar da distância física

Já imaginou como seria sua rotina se não precisasse se deslocar até o trabalho todos os dias? Certamente já, mas saiba que você não é o único. Uma das grandes apostas – nacional e internacional do cenário empresarial – é o home office. Uma pesquisa realizada no primeiro semestre de 2018 pela SAP, Consultoria Brasileira Especializada em RH, mostrou um aumento de 50% no número de empresas brasileiras que aderiram ao trabalho de casa.

Segundo Allan Abranches, Head da 3HREE Comunicação – agência de publicidade full-service,  analisando o mercado, a M2B Agência PME, que visa o desenvolvimento do pequeno e médio empresário em relação a comunicação e marketing por um preço acessível, optou por atuar home office durante um período pré-determinado e os resultados foram extremamente satisfatórios. Com o novo modelo de trabalho, a produtividade da equipe subiu 30% já nos primeiros meses.

E ela não está sozinha. Muitas empresas brasileiras ou que atuam em cenário nacional, como a IBM, por exemplo, se sentem motivadas a enviar seus colaboradores para casa. Isso mesmo: para trabalhar em casa, em uma estrutura completa em um escritório doméstico. Para a maioria dos profissionais, e até mesmo das empresas, trabalhar em casa, mesmo estando ligado a uma corporação diretamente, ainda é novidade: há muito investimento para implantar e facilitar este tipo de trabalho e a mentalidade do colaborador precisa também se alinhar com a proposta.

home office

Especialistas garantem que até 2020, quase 90% das corporações devem oferecer aos funcionários alguma modalidade de trabalho a distância – conhecida como teletrabalho, uma modalidade cada vez mais abrangida legalmente no Brasil. Nos Estados Unidos, o home office já conta com 88% dos empregadores tendo políticas estruturadas. Mas ainda há um conservadorismo empresarial que não consegue vem benefícios neste modelo de trabalho. É preciso mexer na cultura organizacional para admitir que o trabalho em home office pode dar certo e ainda ser mais produtivo para a empresa.

Muito embora os cargos ligados diretamente à produção (no caso de indústrias, por exemplo) requerem um ambiente específico, ações mais pontuais e aparato tecnológico, muitos cargos podem ser efetivados por via do home office, desde que haja ampla comunicação, continuidade, efetividade e condições técnicas e funcionais para isso.

No entanto, ficam duas questões centrais: quais são os principais benefícios que o home office pode trazer para o empregado? E para o empregador? A lista é extensa, mas existem alguns benefícios que agregam para ambos os lados. Os principais deles são:

Eliminação de distâncias geográficas: certamente muitos empresários e sócios de negócios já se viram no dilema de contratar ou não determinado funcionário, apesar da capacitação profissional ser adequada, por conta da distância geográfica entre ambos. O problema não é uma novidade, mas a solução, sim. Com a utilização de aplicativos como Skype, WhatsApp, entre outros, a parceria profissional torna-se possível, apesar do distanciamento físico. Vale lembrar que, em alguns casos, de fato é necessário que o profissional atue dentro do escritório e/ou em algum local junto a equipe diariamente, mas a eliminação das distâncias geográficas não deixa de ser uma facilidade que tornou-se possível graças a presença da internet.

Allan Abranches, Head da 3HREE Comunicação (Foto: Reprodução)

Redução de custos: podemos analisar este tópico como decorrente do citado acima. Com profissionais atuando home office, custos diários como alimentação e transporte seriam excluídos. Sem contar o valor, muitas vezes excessivo, cobrado pelo aluguel de uma sala comercial, pagamento este que poderia ser descartado das despesas do empresário, caso opte pelo desempenho home office de sua equipe.

Aumento da flexibilidade comunicacional: redes sociais, ainda que usadas como ferramentas de trabalho, carregam por si só um clima mais leve. Nelas, os funcionários podem se sentir mais abertos a debates, questionamentos e, até mesmo, a propor inovações para a empresa que em uma reunião formal, por exemplo. Desta forma, todos ganham. A empresa, com funcionários mais flexíveis em termos comunicacionais e os colaboradores, pois sentem a abertura necessária para que possam explorar ideias e pensar fora da caixa.

Tempo: este tópico engloba três em um. Com o trabalho sendo realizado de casa, o funcionário evita tanto as horas gastas com transporte público quanto o estresse diário que estes veículos de locomoção apresentam. Além, é claro, de evitar atrasos decorrentes de falhas técnicas no metrô, greve de ônibus, entre outros. Por fim, entre os benefícios decorrentes da otimização do tempo, está o aumento da qualidade de vida do profissional.

“Ainda vale ressaltar que está enganado quem pensa que não existe como monitorar o desempenho dos colaboradores quando estão de home office. Existem plataformas para gestão de equipes que possuem dispositivos que contam quanto tempo cada pessoa da equipe gasta realizando os jobs”, salienta Allan, acrescentando que dessa forma, é possível metrificar a produtividade dos funcionários e verificar se o novo regime de trabalho está, de fato, atuando de maneira assertiva.

“O home office tem razões sólidas para ser considerado, nacional e internacionalmente, uma das maiores apostas para empresas dos mais diversos setores. No entanto, cabe a cada uma destas, avaliar se o método é, de fato, o mais adequado para o seu modelo de negócio”, enfatiza.