Telefônica Vivo atingirá Franca e mais 99 cidades com rede de fibra ótica

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de setembro de 2018 às 13:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:59
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Nos próximos meses, a fibra chegará a Rio Claro, Salto e Franca e Jataí (GO)

A​ espanhola Telefônica Vivo acaba de chegar à marca de 100 cidades  (entre elas Franca, na próxima etapa) com redes de fibra ótica instaladas, dando sequência à sua estratégia de acelerar a expansão da infraestrutura para ganho de mercado de banda larga no Brasil. 

A companhia inaugurou o serviço em Sertãozinho (SP) e Ijuí (SC) na sexta-feira (31/8) após realizar aportes de R$ 20 milhões na construção das redes nesses municípios. 

Nos próximos meses, a fibra chegará a Rio Claro, Salto e Franca (SP) e Jataí (GO) com investimentos de mais R$ 50 milhões. Os recursos fazem parte do plano de investimentos da multinacional no País, que totaliza de R$ 26,5 bilhões no período de 2018 a 2020, dos quais R$ 7 bilhões exclusivamente para a fibra.

“Chegar a 100 cidades é um marco para nós e um sinal de compromisso da companhia com o País, ainda em que em um momento de economia retraída”, afirma o vice-presidente de B2C, Márcio Fabbris, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Em 2017, a Telefônica Vivo levou a fibra ótica para 16 novas cidades. Em 2018, a previsão é de superar 20, e, em 2019, aumentar ainda mais o ritmo de crescimento. “Para 2019, serão mais cidades do que em 2018”, projeta Fabbris.

A Telefônica Vivo tem hoje 25,28% do mercado de banda larga, atrás da Net (grupo Claro) com, 30,09%, e à frente da Oi, com 20,24%, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 

Nesta fase de ampliação do serviço, o foco da operadora é passar a atender as cidades de porte médio, com população em torno de 100 mil a 200 mil habitantes, bom poder aquisitivo, clientes já ativos em telefonia móvel e presença de loja física da companhia. “Esses fatores facilitam bastante a comercialização da fibra”, diz.

A expansão da fibra também tem alavancado a oferta de pacotes convergentes, isto é, que reúnem mais de um serviço na mesma assinatura. 

Segundo Fabbris, mais da metade dos clientes que assinam a banda larga também optam por um pacote que inclui telefone ou televisão. A velocidade ofertada de banda larga nas novas praças varia de 25 MB a 300 MB, segundo a companhia.

Os preços praticados têm sido iguais em todos os novos municípios, ainda que o poder aquisitivo varie em cada local. Fabbris explica que é comum os clientes pesquisarem preços na internet e toparem com anúncios variados, o que abre margem para confusões.

“Poderíamos regular o preço de forma mais cirúrgica em cada cidade, mas optamos por não fazer, evitando qualquer possível frustração do cliente ao ver preços diferentes na mídia ainda que por engano”, justifica.

O executivo pondera que a tele não tem reduzido preços para ganhar mercado nas novas praças, a despeito da competição. Em geral, os concorrentes são provedores locais que oferecem banda larga via fibra ótica ou rádio, além de grandes grupos como Oi e Net. 

“A penetração de banda larga no Brasil ainda é baixa. Há espaço para a atuação de muitos players e nós temos tido muito sucesso nas cidades onde estamos entrando”, salienta.

A Telefônica Vivo prevê o amadurecimento do negócio em cada nova praça em pouco mais de um ano após sua chegada. Nesse período, trabalha com a meta interna de atingir a liderança no mercado local de banda larga de ultravelocidade (acima de 34 MB). 

“Traçamos a meta de market share para mais de um ano e buscamos a liderança nesse produto premium“, afirma o vice-presidente.

Ele enfatiza que a companhia dará prosseguimento à expansão do negócio de banda larga, ainda que o cenário nacional seja de incertezas econômicas e políticas. 

Em relação ao momento atual, marcado pela forte valorização do dólar frente ao real, Fabbris admite que houve o acréscimo de uma dose extra de pressão sobre as margens do negócio. Isso porque a fibra, o roteador e os equipamentos de rede – itens mais caros na entrada em uma cidade nova – são importados. “Oscilações como a que estamos vendo colocam pressão sobre as margens”, diz.


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