Covid-19: somente cinco cidades de SP estão livres. Uma é da nossa região

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 16 de julho de 2020 às 15:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:58
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A maioria dos municípios está realizando bloqueios para impedir a infecção de seus moradores

Ribeirão Corrente, com 4.718 habitantes, não teve ainda caso registrado  da Covid-19

Levantamento da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo dão conta de que apenas cinco dos 645 municípios paulistas ainda estão livres do coronavírus, sendo que a maioria deles está realizando bloqueios para impedir a infecção de seus moradores.

As últimas “trincheiras” contra o avanço do vírus estão em rincões distantes, cidades com menos de 5 mil habitantes, sem leitos de UTI e, em caso de doença grave, as prefeituras teriam de mandar os pacientes para outras cidades. Juntos, esses cinco municípios somam 18,6 mil moradores.

Um destes municípios está localizado na região de Franca: em Ribeirão Corrente, até os 164 anos da cidade, em junho, passaram em branco. A prefeitura fez um apelo para que os 4.718 moradores a homenageassem ficando em casa. Além disso, a Prefeitura Municipal tenta evitar ao máximo a entrada de não moradores.

Como a maioria dos ribeirão-correntenses que mora na cidade trabalha na zona rural do munípio, está sendo mais fácil conseguir a manter a contaminação ao largo.

São José do Barreira, na divisa com o Rio de Janeiro (a 269 km da capital paulista) é outra cidade sem contaminação pela Covid-19. O município   tem barreiras instaladas na entrada e na saída da área urbana desde meados de março. 

Abrigando 4.174 moradores, encravada no Parque Nacional da Serra da Bocaina, atrai turistas pelas belas paisagens. Além do parque, estão fechados hotéis, pousadas e fazendas históricas.

Além das barreiras que também a isolam, a prefeitura faz campanha para que as pessoas comprem no comércio local, evitando a saída para fazer compras em cidades maiores da região. A campanha deu certo.. 

Na mesma região, e a 190 km de São Paulo, Lagoinha, de 4.954 moradores, resiste ao vírus – que atinge com intensidade todas as cidades do entorno.

Em Florínea, funcionários da prefeitura foram treinados para fazer máscaras e a proteção facial foi distribuída a todos os moradores. Ali vivem 2.676 pessoas, bem à margem do Rio Paranapanema, na divisa com o Paraná, a 484 km da capital. O rio atrai veranistas e pescadores.

Outro foco de preocupação é a penitenciária, onde cumprem pena 1.701 presos, mais que a metade da população. 

Na quinta cidade, Cruzália, com 2.073 moradores, a história é um pouco diferente. Um homem apresentou sintomas e o teste deu positivo para o vírus. Mas como o paciente é de outro município a prefeitura decidiu não fazer a contabilização – e a cidade se mantém sem coronavírus.

Até o início de julho, eram 12 as cidades ainda sem coronavírus no Estado. Em lugares onde todos se conhecem, a chegada do vírus assusta os moradores. Foi o que aconteceu em Jeriquara (4.873 habitantes), também na região de Franca, com o primeiro caso confirmado no dia 9 de julho.


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