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Candidato mais votado no primeiro turno das eleições de 2016, Sidnei Franco da Rocha foi derrotado pela abstenção, pelos votos brancos e pelos votos nulos.

Enquanto Sidnei Rocha recebeu 69.902 votos, a soma de quem deixou de votar e de quem apertou branco ou nulo nas urnas eletrônicas chegou a 76.891.

Na verdade, não é uma derrota de Sidnei Rocha, é uma derrota do atual cenário político que levou o público eleitor para uma total descrença do sistema ou a uma desesperança com a continuidade dos problemas, que se perpetuam, independente dos nomes que ocupam a Prefeitura ou a Câmara de Vereadores.

Franca tem 231.906 eleitores cadastrados. Destes, 47.779 não apareceram para votar. É gente que demonstrou sua insatisfação e registrou seu protesto ou simplesmente trocou o ato cívico de escolher seu governante por um churrasco, viagens ou ida ao rancho.

Mas tem um lado ainda grave. Dos 184.127 eleitores que apertaram os botões das urnas, há de tudo um pouco.

Apenas 155.015 participaram da eleição para prefeito, enquanto 158.567 (86,12%) participaram da eleição para vereador.

Explica-se o disparate: 9.985 eleitores apertaram a tecla do voto em branco na eleição de prefeito.

Na disputa para a Câmara de Vereadores, 13.192 votarem em branco.

Para estes, a teoria do Direito explica: exerceram o direito ao voto, mas ao olharem a lista dos candidatos concluíram que nenhum dos postulantes atendia às suas expectativas.

Na eleição para prefeito, 19.127 eleitores anularam o seu voto. Na eleição de vereadores, o número de votos nulo caiu para 12.368.

Os números são infalíveis. Se a abstenção, votos brancos e nulos somou 76.891 votos, ganhando de Sidnei Rocha, a outra conta fica ainda mais vergonhosa: os 72.996 votos de todos os demais candidatos somados ainda perdem para os 76.891 que ignoraram as eleições e os candidatos participantes.

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