Setor de serviços tem crescimento de 0,1% no mês de fevereiro, diz IBGE

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 13 de abril de 2018 às 13:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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Setor de serviços cresceu em fevereiro, mas houve queda de 1,8% nos dois primeiros meses de 2018

O setor de serviços
encerrou fevereiro com ligeiro crescimento de 0,1% em relação a janeiro no
índice livre de efeitos sazonais, depois de ter fechado janeiro com queda de
1,9% frente a dezembro.

Com o resultado, o indicador registra nos dois primeiros meses
do ano queda de 1,8%. Já a receita nominal do setor caiu em fevereiro 0,2% em
relação a janeiro.

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS),
divulgada na última sexta-feira, 13 de abril, no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Eles indicam que, na série sem ajuste sazonal, quando a
comparação se dá com fevereiro de 2017, o setor de serviços teve queda de 2,2%.
Também o resultado acumulado nos últimos doze meses fechou fevereiro negativo
em 2,4%.

Apesar da ligeira alta de janeiro para fevereiro, entre as
atividades pesquisadas, houve expansão (1,7%) apenas no item serviços
profissionais, administrativos e complementares.

Já as quatro outras atividades pesquisadas mostraram recuo em
relação a janeiro. Os serviços prestados às famílias tiveram a maior retração
(-0,8%), serviços de informação e comunicação (-0,6%), transportes, serviços
auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%).

O índice de atividades turísticas caiu 3,4% em relação a janeiro
e 5,2% na comparação com fevereiro de 2017.

Comparação
com fevereiro de 2017

A Pesquisa Mensal de Serviços, quando comparada com fevereiro de
2017, mostra que a queda de 2,2% agora em fevereiro decorre de resultados
negativos em três das cinco atividades de divulgação e 51,2% dos 166 tipos de
serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e
comunicação (-4,9%) foram os que mais impactaram negativamente o índice global.

Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro do ano
passado, as duas atividades que apontaram aumento no volume de serviços foram:
transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (0,6%) e outros
serviços (1,5%).

Números por estados

Quando a análise do comportamento do setor de serviços se dá a
nível regional, o indicador mostra avanços em 15 dos 27 estados, de janeiro
para fevereiro, série com ajuste sazonal.

Responsável por 43% de todo o volume de serviços gerado no
Brasil, São Paulo fechou o mês com variação nula (0,0%) em fevereiro,
contribuindo para que o índice nacional também ficasse perto da estabilidade.

Em apenas cinco dos locais pesquisados houve expansão da
atividade em fevereiro frente a janeiro: Paraná (2%), Rio de Janeiro (0,5%),
Santa Catarina (0,5%), Pará (1,4%) e Mato Grosso do Sul (1,5%). Já as
principais influências negativas surgiram na Bahia (-9%), Ceará (-16,8%), Rio
Grande do Sul (-2,2%) e Minas Gerais (-0,8%).

Turismo cai 3,4%

Quando analisou o setor de turismo do país, o IBGE constatou que
o índice recuou 3,4% de janeiro para fevereiro. Em São Paulo, a queda foi de
2,3%, Bahia (-9,9%), Minas Gerais (-8,5%) e Rio de Janeiro (-3,3%). A única
taxa positiva deu-se no Distrito Federal (0,9%). Já na comparação com fevereiro
de 2017, o volume de atividades turísticas caiu 5,2% no país, após ter ficado
estável em janeiro (0,0%).

Em termos regionais, nove dos 12 estados onde o indicador é
investigado mostraram queda dos serviços voltados ao turismo, com destaque para
São Paulo (-5,2%) e Rio de Janeiro (-7,9), que representam 50% das receitas dos
serviços ligados ao turismo.


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