Serviços como a escola do SESI poderão encarecer com redução ao Sistema S

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 06:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:15
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Em Franca, Sistema S mantém, além da escola, unidades do Senai, Sebrae e também o Senac

Indicado para comandar a Secretaria Especial da Receita Federal, no governo de Jair Bolsonaro, o economista Marcos Cintra defendeu nesta segunda-feira a redução das contribuições obrigatórias para as instituições do Sistema S, como Sesi, Senai, Senac e Sebrae. 

Ele endossou a declaração do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou ontem (17) que poderia reduzir os repasses em até 50%. Para Cintra, a medida aliviaria o imposto sobre salários e a capacitação profissional poderia ser compensada pela própria dinâmica de mercado. 

O resultado dessa medida poderá ser o o fim da gratuidade, em alguns casos, ou o encarecimento dos serviços prestados pelo Sistema S, inclusive em Franca, como na escola. Franca conta com todas as unidades citadas.

“O Sistema S é um sistema que hoje absorve cerca de R$ 20 bilhões anualmente. Esses recursos são recolhidos das próprias empresas, repassados ao Sistema, que tem uma administração própria, logicamente, acompanhada pelo governo, mas que acaba gerando quase que uma duplicação em termos de atividades. O setor privado hoje pode capacitar muito bem determinados segmentos da força de trabalho brasileira. Acredito até que se nós tivermos mais competitividade, o mercado livre podendo atuar. O uso de vouchers, por exemplo, dando ao assalariado a possibilidade de ele buscar onde ele deseja sua capacitação, eu acho que essas são medidas que vão agilizar o mercado de trabalho, melhorar a capacitação do funcionário e, ao mesmo tempo, desonerar a folha de salários, porque é uma contribuição obrigatória”, afirmou a jornalistas na saída do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde trabalha a equipe de transição do próximo governo.

O Sistema S foi concebido na década de 1940, pelo governo de Getúlio Vargas, para impulsionar a capacitação de mão de obra, cultura e lazer para o trabalhador. É custeado por meio de contribuições obrigatórias das empresas, recolhidas e repassadas pelo governo diretamente às federações patronais, que administram os serviços de capacitação.


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