Sertãozinho confirma três casos de sarampo em bebês e outras 5 suspeitas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 18 de julho de 2019 às 23:30
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:40
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Cidade não confirmava a doença há 9 anos. Vacinação de bloqueio foi feita para evitar transmissão

Uma criança de 1 ano e dois bebês foram diagnosticados com sarampo em Sertãozinho, segundo confirmou a Prefeitura. Outros cinco casos suspeitos são investigados, sendo os pacientes dois adultos, um adolescente de 13 anos e uma criança de 1 ano.

Ainda de acordo com a Prefeitura, há pelo menos nove anos a Vigilância Epidemiológica não confirmava casos de sarampo em Sertãozinho. Em nota, o governo municipal informou que as três crianças diagnosticadas são acompanhadas em hospitais da cidade.

A Secretaria Municipal da Saúde também já adotou medidas de bloqueio, para evitar a transmissão da doença.

“Apenas uma criança estava matriculada em uma creche municipal, onde já foi realizada a vacinação de todos os alunos. As outras duas crianças ainda não frequentam escolinhas, então o bloqueio aconteceu apenas nos âmbitos familiar e hospitalar”, informou.

Em boletim divulgado em maio, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou que a vacinação de bloqueio tem por objetivo aumentar rapidamente a imunidade população, interrompendo a transmissão, diminuindo a extensão e a duração do surto.

A vacinação deve ser realizada durante a suspeita, preferencialmente no prazo máximo de até 72 horas após a notificação do caso. Em todo o estado, 484 casos de sarampo já foram confirmados até 17 de julho. A Secretaria informou que não possui levantamento regionalizado.

A doença

Segundo informe técnico da Coordenadoria de Controle de Doenças do estado de São Paulo, o sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, cujos sintomas são febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele. “O sarampo pode ser acompanhado de complicações sérias, principalmente em crianças menores de cinco anos, adultos maiores de 20 anos ou pessoas com algum grau de imunodepressão”, informa.

A transmissão da doença ocorre de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar e que permanecem dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados, como escolas, creches, meios de transporte.

Ainda segundo o governo, não há tratamento específico para o sarampo, apenas sintomático. A doença pode evoluir para diarreia, encefalite, que é a inflamação do cérebro, broncopneumonia, que é a inflamação dos brônquios, e até levar o paciente à morte.

A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo, protegendo também contra rubéola e caxumba. No calendário de vacinação de rotina, a primeira dose deve ser administrada a toda criança de 1 ano e a segunda dose a crianças com 15 meses de vida.


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