Sedentarismo é tão fatal quanto a genética para o envelhecimento. Entenda

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de dezembro de 2019 às 03:43
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:05
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sedentarismo pode ser tão predecessor à demência quanto a genética, revela pesquisa

A atividade física não faz bem apenas ao corpo, mas à mente. 

Além de reduzir os níveis de ansiedade, outro benefício foi comprovado por um estudo liderado por Jennifer J Heisz, professora associada da Universidade de McMaster, e conduzido por pesquisadores do laboratório NeuroFit Lab, no Canadá. 

Os resultados apontam que o sedentarismo pode ser tão predecessor à demência quanto a genética.

Para chegar a estas conclusões, mais de 1.600 idosos sedentários entraram em um programa de exercícios por 12 semanas. Estes indivíduos eram parte do Estudo Canadense de Saúde e Idade. 

Neste período, a memória dos indivíduos apresentou melhorias, mas com algumas exceções: apenas os que passavam por atividades de alta intensidade apontaram os benefícios.

Apesar de ainda não ser possível identificar como os esportes alteram a atividade cerebral neste sentido, os cientistas acreditam que as práticas devem ser receitadas como “remédio” ou profilaxia anti-idade.

Para aprofundar-se mais, a especialista examinou as interações entre genética e atividade física destes mesmos invidíduos. As análises apontaram que 25% dos participantes tinham tendência a desenvolver demência ao envelhecer. 

Apesar de concluir que movimentar-se frequentemente ajuda a prevenir contra doenças degenerativas do cérebro, a pesquisadora descobriu que 21% dos idosos avaliados desenvolveram demência após o estudo, e a atividade física não foi capaz de deter a enfermidade.

Todavia, a grande descoberta se concentra no fato de que indivíduos sedentários que não apresentavam predisposição genética corriam praticamente o mesmo risco de adoecerem do que aqueles que tinham casos de demência na família. Ou seja, o estilo de vida que levamos pode ser tão predecessor quanto a genética. 

Isso porque exercitar-se ajuda o cérebro a se autorregenerar, criando novos neurônios no hipocampo, o que resulta em melhorias na memória. O próximo passo para a cientista é entender como e por que essas células nervosas nascem enquanto suamos.


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