Saiba porquê você deve evitar usar máscaras feitas com tecidos reutilizados

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 8 de julho de 2020 às 01:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:56
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Para atuar como barreira física, a máscara precisa ser feita com 2 camadas de tecido em perfeito estado

A máscara facial é uma das maiores ferramentas contra a propagação do novo coronavírus. 

Devido à atuação como barreira física, ela evita a troca de gotículas entre as pessoas. 

Para ser efetiva, a proteção precisa ser feita com duas camadas de tecido íntegro e não conter deformidades. Ou seja, é ideal que seja confeccionada em material em perfeito estado.

Na internet, pipocam sugestões de máscaras feitas de meias, camisetas, lenços ou outras peças de roupas reutilizadas. 

Mas, fica o alerta: se o tecido não estiver em total integridade, a máscara perde o poder de barreira física.

Segundo a infectologista Ana Helena Germoglio, a idade do tecido não faz diferença, desde que ele esteja preservado e não tenha passado por mais de 30 lavagens, o que é considerado um risco, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Assim, ao produzir máscara com um material já utilizado em outra função, é importante estar atento ao quanto ele já foi higienizado.

Quando descartar​

Máscaras de tecido com deformidade, lavadas mais de 30 vezes ou frouxas no rosto devem ser descartadas em saco papel ou plástico fechado em uma lixeira com tampa. 

As recomendações da Anvisa foram feitas em documento no qual há orientações gerais sobre as máscaras de uso não profissional.

Emergência

Em junho, a internauta Nathalia Bueno bombou na web com vídeo publicado no TikTok em que usa uma calcinha como máscara facial. 

Ela teve que recorrer à peça íntima porque esqueceu a máscara de tecido no trabalho e precisava pegar ônibus para casa, e a condução não permitia a entrada sem a proteção.

Apesar de curiosa (a ponto de render 120 mil visualizações no aplicativo), a medida não tem a mesma efetividade de uma máscara de tecido de duas camadas.

“Ou eu durmo na rua, ou sabe o que eu faço? Tem uma calcinha na minha bolsa, de quando eu fui dormir na casa do meu namorado. Vou ter que entrar no ônibus com a calcinha. É o pior dia da minha vida”, diz Nathalia.


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