Roubos de cargas de café quase dobram em trecho de S. Sebastião do Paraíso

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 12:48
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:03
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Trecho liga São Sebastião do Paraíso (cidade mineira a 76 km de Franca) até a Fernão Dias

O número de roubos de cargas de café cresceu na BR-491, que liga São Sebastião do Paraíso (cidade mineira a 76 km de Franca) até a Fernão Dias, em Três Corações (MG). 

Os registros mostram que o trecho é um dos preferidos dos ladrões de cargas. Em todo o ano de 2015, foram cinco casos. Já até outubro deste ano, nove crimes do tipo, quase o dobro, já tinham sido registrados. A maioria aconteceu no trecho entre Alfenas (MG) e  Areado (MG).

Um dos casos foi o roubo de uma carga de 500 quilos de café em Alfenas. O motorista não esquece os momentos de terror que passou sob a mira de um revólver.

“Eles me renderam entre nove e meia e dez horas. Foi depois das seis da manhã, entre seis e sete da manhã foi a hora que eles me libertaram ali. Eu fiquei a noite toda com ele ali. Eu acredito que eles tenham desligado a mangueira de ar da carreta, que liga a rede de ar na carreta. Aí desligando ali a carreta fica sem freio, ela trava as rodas. Aí o cavalo não tem força para puxar”, disse o motorista, que não quis ser identificado.

Os assaltantes costumam atacar de forma discreta, com o caminhão em movimento. Quando o motorista percebe, já é tarde demais. “É muito rápido, a gente nem vê praticamente, é muito rápida a abordagem”, disse outro motorista. 

Caminhoneiros estão preocupados com aumento de casos de roubo na BR-491

O trecho é de responsabilidade da Polícia Rodoviária Estadual. O posto que fica na rodovia responde por 11 municípios.

“É uma região com bastante estradas vicinais, onde favorece a fuga desse pessoal e se torna difícil até para fazer um policiamento preventivo. A extensão é grande, a malha viária bastante intensa na região, mas a gente tem feito um trabalho até com eficiência”, disse o sargento da PRE, Silas de Oliveira.

Os caminhoneiros seguem preocupados com a situação. “O motorista é um alvo fácil demais, enfim, segurança está zero”, disse o motorista Edson Matheus.


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