Restaurantes já demitiram mais de 600 mil entre formais e informais no país

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  • Publicado em 5 de abril de 2020 às 17:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:34
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53% dos estabelecimentos perderam entre 50% e 90% do faturamento ante março do ano passado

A ANR (Associação Nacional de Restaurantes) afirmou que as demissões no setor podem já ter atingido entre 600 mil e 800 mil trabalhadores no país, em meio a quarentenas impostas para frear a propagação do coronavírus.

O número estimado de demitidos envolve trabalhadores informais e com carteira assinada, afirmou a ANR.

Como esse número foi calculado? A entidade, que afirma representar 9 mil pontos comerciais no país, realizou pesquisa com donos de bares e restaurantes, sexta-feira passada e terça-feira desta semana. 

Mais de 70% responderam, entre eles, redes de fast food como Habbibs, McDonalds e Subway. 

Outros especialistas do setor projetavam um número menor, de 300 mill demissões apenas de funcionários formais. 

Antes da crise, o setor de e restaurantes empregava  cerca de 6 milhões de trabalhadores no país.

Que outros números a pesquisa aponta?

  • 53% dos estabelecimentos perderam entre 50% e 90% do faturamento ante março do ano passado;
  • Só 3% dos pesquisados viram aumento na receita de delivery no mês de março.

O que diz a ANR? Em comunicado à imprensa, o presidente da associação, Cristiano Melles, disse que está pleiteando isenção de impostos, flexibilização de regras trabalhistas e crédito facilitado a juros baixos.

“Muitos no governo acharam inicialmente que o delivery poderia ajudar. Mas é uma visão completamente equivocada”, disse Melles.

Qual o contexto? O governo federal anunciou na quarta-feira, 1º de abril, o  programa de preservação de empregos que permite redução de salário e jornada de até 70% por um período de três meses, com o pagamento de compensação parcial pelo governo aos trabalhadores, ou a suspensão do contrato de trabalho por até 60 dias. 

Sem o programa, a equipe econômica calculou que 12 milhões de brasileiros poderiam perder seus empregos.

*6Minutos

(Com Reuters)


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