Restauração do Relógio do Sol deve ser finalizada em setembro, estima Prefeitura

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  • Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às 23:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:23
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Projeto de recuperação do patrimônio histórico foi apresentado na última sexta-feira, 15, em Franca

Equipe que discutiu projeto de restauração do patrimônio

​  A Prefeitura de Franca apresentou nesta sexta-feira, 15, o projeto de restauração do Relógio do Sol que foi danificado no final de 2017 durante um temporal após a queda de uma árvore. A empresa Croma Arquitetura, Conservação e Restauro, de São Paulo, apresentou o projeto na Casa da Cultura para o prefeito Gilson de Souza, para o secretário de Esporte, Arte, Cultura e Lazer, Elson Boni e também o secretário de Serviço e Meio Ambiente, Adriano Tosta, além da imprensa e representantes do Condephat  (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do município.

     Foi apresentado um vídeo com o diagnóstico do dano e o que será necessário fazer para a recuperação total do Relógio do Sol que hoje se encontra nas dependências da Casa da Cultura. As arquitetas Laura Rita Facioli, Elaine Bottion e a historiadora Laísa Neves Malta explicaram todo o projeto e a melhor forma de recuperar o relógio. Foi levada em consideração também a parte histórica. “Preservar esse patrimônio faz todo o sentido para a cidade se a população tem uma ligação com o Relógio do Sol. Não é apenas um monumento parado no meio da praça. A população tem uma ligação com ele”, disse a historiadora Laís Malta.

      A arquiteta Laura Rita disse que a grade de proteção protegeu o relógio de um dano ainda  maior. “As peças foram coladas e não presas com pinos, isso ajudou a proteger também o relógio de um dano maior. Os fragmentos foram recolhidos e estão guardados para serem restaurados.” A arquiteta Elaine Bottion acrescentou que não será necessário acrescentar elementos novos, pois serão usados os fragmentos que foram resgatados no dia do temporal.”

Relógio do Sol segue desmontado desde que foi atingido por árvores

       Também foi feita uma avaliação de todo o mármore. “Vamos propor que seja adotada uma ação contra fungos, não pela estética, mas para conter o avanço e, assim, proteger o monumento”, disse Elaine. As arquitetas também avaliaram que o ideal é que a restauração seja feita com as peças ainda soltas para que depois sejam coladas na estrutura maior já que são peças muito delicadas e pequenas.

      As arquitetas também falaram das árvores que hoje, de certa forma, atrapalham a leitura da hora no Relógio do Sol. Porém, esse é um assunto que ainda requer muita discussão.

     O projeto já foi protocolado para análise junto do Condephat do Estado. Até o dia 28 de fevereiro, a Croma Arquitetura vai apresentar a planilha orçamentária para a restauração e também o material educativo que será proposto para ser enviado tanto para escolas como para a comunidade em geral.

      O secretário de Cultura, Elson Boni, comemorou o resultado do projeto. “O projeto está completo, porém será um projeto educativo. As pessoas poderão realmente ler as horas no Relógio do Sol. A próxima etapa é aguardar os Condephats do Estado e do Município aprovarem o projeto para abrir a licitação para o restauro do Relógio. Não há como prever o tempo que vai demorar, porque tem todo o projeto de contratação da empresa, mas a previsão é que até setembro, o Relógio do Sol já esteja restaurado.”


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