Reduzir fome modificando o estômago eleva em 85% chances de emagrecer

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 18:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:18
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É possível aumentar a sensação de saciedade modificando a forma do estômago com técnicas endoscópicas

9​5% das pessoas que tentam emagrecer sozinhas fracassam porque não conseguem controlar o seu apetite.

“Por isso há cada vez mais pessoas que recorrem aos especialistas”, afirma o médico LópezNavadiretor da Unidade de Tratamento da Obesidade por Endoscopia do Hospital St. Louis (Lisboa), para quem a chave radical em controlar a fome é a ansiedade.

“É quase impossível que uma pessoa que esteja acostumada a comer sem restrições consiga manter ao mesmo tempo uma dieta que reduz drasticamente as quantidades e o tipo de alimentas”, explica o doutor.

“Se não ajudamos a reduzir o apetite e a controlar a ansiedade por comer, mais cedo ou mais tarde voltarão aos seus antigos costumes e ao seu peso não ideal, com a frustração e o sentimento de fracasso que isto implica”.

Atualmente, é possível aumentar a sensação de saciedade modificando a forma do estômago com técnicas endoscópicas, quer dizer, sem cirurgias, incisões nem cicatrizes, mas sim uma abordagem através da boca do paciente. 

Desta forma, o apetite reduz-se consideravelmente e é muito mais fácil cumprir a dieta. 

“É uma técnica muito segura, que não requer anestesia, mas uma ligeira sedação e com a qual o paciente volta à sua vida normal em menos de 24 horas”, explica LópezNava.

“É a ajuda ideal para todas as pessoas que fica com fome e acabam por petiscar entre horas porque a dieta que seguem não sacia o apetite”, continua o doutor.

Ele avisa que é necessário acompanhar estas técnicas de reeducação alimentar, exercício físico e apoio psicológico

“Com estes quatro pilares (modificação do estômago, dieta, exercício e apoio psicológico), a percentagem de êxito eleva-se para 85%”, conclui.

O Professor LópezNava é doutor em Medicina e Cirurgia, professor da Universidade San Pablo CEU, autor de numerosos artigos científicos e membro das mais importantes sociedades médicas dedicadas ao estudo da obesidade e as técnicas endoscópicas

É pioneiro no desenvolvimento de tratamentos endoscópicos para a obesidade a nível mundial e o primeiro a criar uma unidade hospitalar contra a obesidade.

Seu hospital aborda este problema desde um ponto de vista multidisciplinar (nutricional, psicológico e desportivo), sendo formador e introdutor dos tratamentos da obesidade por endoscopia em 17 países da Europa, América e Asia. 

Atualmente dirige a Unidade de Endoscopia Bariátrica dos hospitais HM Sanchinarro (Madrid), HM Delfos (Barcelona) e Saint Louis (Lisboa).


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