​Receita para uma sociedade melhor: Justiça e Honestidade

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de maio de 2016 às 19:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:47
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“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”

De onde você acha que essa frase saiu?

Talvez de um discurso político? Quem sabe de algum estatuto de um partido de esquerda?

Até que poderia ser. Mas só que não.

Essa frase se encontra na Bíblia, no livro do profeta Amós, profeta que exerceu o seu ministério em Israel no século VIII a.C. – e foi uma grata surpresa saber que ela foi usada na campanha da Fraternidade 2016.

Para contextualizar o leitor sobre o motivo em que ela foi dita (por Deus, para Israel, por intermédio do profeta Amós) o reino de Israel passava por uma prosperidade material que provocou suas corrupções sociais e religiosas. E a opressão contra os pobres era intensa. Os famintos eram deixados famintos e os agiotas exploravam suas vitimas.

O cenário lhe parece conhecido?

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto. [ Rui Barbosa ]

As pessoas viviam em festas religiosas, reuniões sociais solenes, cantavam e tocavam suas harpas. Ou seja, a música, a comida e a bebida estavam rolando solta. Mas no coração da sociedade havia a raiz da corrupção, das coisas erradas, da mentira, da maldade, da desonestidade, da depravação moral e ética.

Viviam a vida. Gozavam da liberdade de suas decisões. Faziam o que bem entendiam, achando que o certo e errado fossem questões de “relativismo”.

Deus então diz ao povo que estava desmoralizado, mas que achavam que tinham os preceitos Dele no coração: “quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não pára de correr”.

Clareza na ideia; Pureza no coração; Sentimento como guia; Honestidade como religião. [ Emicida ]

Justiça e honestidade em abundância. A falta dessas duas ordenanças ainda nos assola hoje, não?

Estamos vivendo uma crise moral e ética – já não podemos dizer sem precedentes. Vivendo numa sociedade onde o certo e o errado se confundem e os pedimos de intolerância, muitas vezes, são precedidos de mais intolerância, mesmo que sutil como um elefante, sob o ponto de vista do outro, claro, nunca sob o nosso.

Só o olhar de misericórdia, o amor fraternal, a justiça e a honestidade poderão nos trazer de volta uma sociedade mais sadia, mais tolerante e disposta a “amar o próximo como a ti mesmo”.


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