Realidades virtual e aumentada: imersão digital facilita visualização de obras

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  • Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 16:12
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Tecnologias permitem acompanhar o andamento das obras e até ter a experiência de conhecer a futura casa

No
processo de idealização de uma obra, as empresas envolvidas e os clientes têm a
necessidade de visualizar como ficará o projeto final. Plantas e programas de
computador auxiliam nas etapas de produção dos empreendimentos, mas para
proporcionar um melhor realismo e aprofundamento, as tecnologias de realidade
virtual e aumentada chegaram ao setor da construção civil.

Conhecidas
pelas suas aplicações em vídeo games, celulares e computadores, estas
tecnologias permitem duas possibilidades: a inserção de informação real em
ambiente digital ou de informação digital em um ambiente real. “A
realidade virtual visa a imersão. O corpo da pessoa está no ambiente físico,
mas a mente em uma realidade paralela. Isso acontece quando se utiliza os
óculos 3D, por exemplo”, explica Amanda Gouveia, head de estratégia e
desenvolvimento de negócios da empresa tecnológica Augmentecture. “Já a
realidade aumentada traz os dados digitais para o mundo físico, por meio de
smartphone ou tablet. Com ela, é possível interagir e manipular o modelo de um
edifício imobiliário, inclusive visualizar a sua parte interna”.

A
realidade virtual pode ser aplicada para inovar no desenvolvimento, mas também
na apresentação de projetos imobiliários. Entre seus pontos positivos estão o
realismo, baixo custo, segurança das informações (pois são armazenadas na
nuvem) e a possibilidade de utilizá-la sem internet. Por outro lado, pode não
ser compatível com todo o público, devido a limitações de altura ou por
questões médicas, além do alto custo dos dispositivos móveis.

Já a
realidade aumentada, além de colaborar com o desenvolvimento e a apresentação,
também pode contribuir com a execução e compatibilização de projetos. Se antes
os arquitetos costumavam fazer várias maquetes, hoje podem partir para um viés
mais sustentável, com a economia desses materiais. Também é uma inovação fácil
de ser utilizada, apresenta baixo custo, e é acessível ao público. Entretanto,
não é 100% compatível com todos os softwares, depende de atualização e não
funciona sem internet.

Realidade
virtual já substitui apartamentos decorados

De olho no
potencial do mercado de tecnologias digitais, a MRV Engenharia criou o projeto
My Home Experience, que visa substituir os famosos apartamentos decorados por
realidade virtual, rompendo um paradigma do mercado imobiliário.

O projeto
já foi implantado em pontos de venda de três cidades – Sertãozinho (SP),
Jaraguá do Sul (SC) e Campo Grande (MS) – e deve chegar a mais 20 cidades.
“No início, tínhamos o sentimento de que poderia haver uma barreira,
porque o cliente sai do contato físico e vai para algo totalmente virtual. Mas
está sendo surpreendente. As pessoas percebem que o ambiente é transportado
para elas, participam daquele mundo efetivamente”, conta Henri Verge,
gerente de marketing da MRV.

Com essa
tecnologia, os custos podem ser até três vezes menores em relação a um
apartamento decorado, e a MRV consegue disponibilizar aos clientes mais de 800
combinações diferentes nas simulações dos apartamentos.