Procon alerta pais sobre pedidos abusivos em lista de material escolar

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 17:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:17
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Estabelecimentos de ensino não podem exigir marcas ou locais de compra e nem vender materiais

Início do ano começa a procura por material escolar e muitas
instituições de ensino já enviaram aos pais as listas de compras. O Procon de
Ribeirão Preto faz um alerta sobre
pedidos abusivos de escolas.

Na peregrinação anual pelas papelarias, cada família tem uma estratégia
para economizar. A dona de casa Lucimara Fábio prefere fazer tudo sozinha. “Eu nunca trouxe o meu filho junto. Sempre dou um jeitinho de deixar ele
em casa com alguém para eu poder fazer a compra mais tranquila. Sei que é um
período de mais movimento e criança sempre acaba pedindo coisas”, conta.

A atendente de balcão Josane Izidoro vai às compras junto com as filhas
e afirma que essa é uma boa oportunidade para ensinar as filhas sobre economia. “Tem muita opção e a gente tem sempre que procurar o que é mais viável
para não ficar pesado. Eu procuro ensina-las a controlar o orçamento, faço um
pouco o gosto delas e busco o que encaixa no bolso”, afirma. 

Pedidos abusivos

Para
que caibam no orçamento, os pais devem verificar se tudo o que é pedido nas
listas de material escolar terá uma atividade pedagógica vinculada ao objeto
solicitado. De acordo com o chefe de divisão do Procon de Ribeirão Preto, Feres
Junqueira, caso o responsável não concorde com os pedidos, pode questionar a
escola. “Mil folhas de papel sulfite para uma criança, sabonete em barras, são
materiais de uso coletivo e isso é proibido. A escola não pode repassar um
custo que deveria ser dela para o pai. Se o pai tiver alguma desconfiança,
procure a escola e verifique se há alguma ação pedagógica que justifique o
material. Ele tem o direito a essa informação”, explica Feres.

Ainda segundo Junqueira, pedidos que exijam a compra em uma determinada
loja, marca ou até mesmo na própria são considerados irregulares. “Direcionamento de marca, local, editora específica não pode ser feito
pela instituição. A escola pode fazer uma prestação de serviço indicando que
ela já fez uma pesquisa e o custo em determinado local que está mais barato,
mas sempre sendo como opção. Escola também não pode vender material”, afirma o
chefe de divisão do Procon.

Segundo a empresária Eliane Britto, a lista que ela recebeu da escola da
filha não tinha exageros, mas a quantidade de material pedido era tão grande
que ela criou uma estratégia com outras mães para conseguir economizar. “Temos um grupo das mães do colégio em um aplicativo de mensagens onde
cada uma fica responsável por verificar os valores desses materiais. Então,
escolhemos a papelaria mais em conta e vamos em grupo comprar. Com mais gente
comprando, conseguimos um desconto ou até mesmo um parcelamento maior”, conta a
empresária.

A Valentina, filha da Eliane, tem 5 anos, recebeu da escola o material
que sobrou no ano anterior e já aprendeu que tem muita coisa que pode ser
reaproveitada. “Vou usar tudo. O avental já tem, agora é só lavar e ir para a escola.
Dá para usar de novo e está bonito ainda”, diz a criança.

O chefe de divisão do Procon de Ribeirão Preto também informou que
qualquer pessoa que estiver com dúvidas pode se dirigir ao órgão ou ligar no telefone 151. 

Em Franca, o Procon está localizado na Alameda Vicente Leporace, 4655, Parque dos Pinhais e atende pelo telefone 3721-4757.


+ Economia