Primeiro cateterismo cerebral é realizado no HC da Unicamp

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de novembro de 2017 às 20:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Procedimento pioneiro no Brasil foi feito num paciente de 40 anos após sofrer AVC isquêmico no trabalho

O Hospital de Clínicas da Unicamp realizou o primeiro tratamento por cateterismo cerebral (trombectomia) em vítima de AVC. O procedimento foi um sucesso.

O paciente, de 40 anos, sofreu um AVC isquêmico (quando acontece a obstrução de uma artéria impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais, que morrem) enquanto trabalhava e foi encaminhado para atendimento de urgência no HC. O paciente passa bem e deve ter alta nos próximos dias sem sequelas.

Na Urgência Referenciada do HC da Unicamp são atendidos, em média, 90 pacientes/mês. No Brasil, a cada 5 minutos uma pessoa morre por AVC, sendo a segunda causa de morte e a primeira de incapacidade no país, de acordo com a Associação Brasil AVC (ABAVC).

Anualmente no mundo, 17 milhões de pessoas são acometidas, 6,5 milhões morrem e 26 milhões vivem com incapacidade permanente. Por ser a principal causa de incapacidade, o acidente vascular cerebral precisa ser identificado e tratado rapidamente para evitar sequelas.

O tratamento rápido evita que a área do cérebro atingida permaneça muito tempo sem ser irrigada. E quando isso acontece, o tecido fica necrosado, o que impede a sua recuperação (deixa sequelas).

Estudos desenvolvidos buscam comprovar, em âmbito nacional, que o procedimento de neurointervenção para o AVC isquêmico tem grandes benefícios. A intervenção rápida diminui chance de incapacidade, sequelas, e ainda reduz os custos com internação de UTI, antibióticos e fisioterapia.

Os estudos ainda precisam ser concluídos para então o padrão de atendimento entrar na rotina dos hospitais.


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