Prefeitura de Franca investirá R$ 2,14 milhões no “Residências Terapêuticas”

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  • Publicado em 24 de setembro de 2019 às 17:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:51
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Dinheiro será usado na adequação das 10 casas e na manutenção mensal dos atendimentos em cada uma

Para
viabilizar a implantação do programa Residências Terapêuticas em Franca, a
Prefeitura  vai investir R$ 2,14 milhões.

O programa
prevê a desinstitucionalização e reinserção social dos egressos dos hospitais
psiquiátricos. Em Franca, o programa, que tem o apoio do governo federal,
beneficiará cerca de 100 pessoas que hoje vivem no Hospital Allan Kardec, mas
que estão aptas para deixar a instituição, porém suas famílias, por algum
motivo, não estão prontas para recebê-las.

Inicialmente
serão R$ 100 mil para cada residência para realizar reformas, se necessário, e
compra de mobiliário. Além disso, cada residência terá um custo mensal de R$ 34
mil. Para tanto, será firmado um convênio com uma entidade sem fins lucrativos
que vai promover todo o serviço da Residência Terapêutica. Os moradores poderão
continuar fazendo acompanhamento e oficinas oferecidas pelo Caps III Florescer,
no Jardim Milena.

Segundo o
secretário municipal de Saúde, José Conrado Netto, estão previstas dez
residências terapêuticas para Franca, sendo que cinco serão implantadas neste
ano e as demais no próximo ano. “São moradias destinadas a pessoas com
transtornos mentais que permanecem em longas internações psiquiátricas e estão
impossibilitadas de retornar para o convívio com suas famílias. São pessoas que
estão no Hospital Allan Kardec de alta e que, por algum motivo, os familiares
não querem recebê-las”, esclarece.

Ele
acrescenta que a seleção dos pacientes será feita por uma equipe que avaliará
quais estão prontos para mudar para as residências já nesta primeira etapa.

O
presidente do Hospital Allan Kardec, Mário Martinez, comemorou a implantação do
programa. “Essa é uma lei antiga, mas Franca ainda não tinha condições de
promover essa desinstitucionalização. Atualmente, temos 300 leitos, sendo 104
moradores que estão em alta, mas estão morando no hospital há mais de dois
anos. Não pode ser mais desta forma, porque hospital não é lugar para se morar.
Estamos muito felizes com a parceria firmada com a Prefeitura que, no ano
passado, já foi possível inaugurar o Caps Florescer e agora estamos num momento
propício para implantar as Residências Terapêuticas para socializar essas
pessoas. É um resgate destas pessoas que poderão escolher a hora que quer
comer, tomar banho e até que música ouvir.” Mário garantiu que o hospital não
vai fechar, mas com a implantação do programa, será reduzido o número de leitos
que será suficiente para manter o atendimento. “Vamos mudar a forma de olhar a
saúde mental. Vamos fazer o trabalho preventivo com ajuda do Caps. 


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