Prefeito estuda terceira versão do projeto dos cargos comissionados

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 30 de maio de 2018 às 20:40
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Sem comissionados, prefeito perde poder de barganha política; mas terá que convencer vereadores

Nem bem saiu de uma saia justa, com a aprovação do “projeto dos precatórios”, o prefeito Gilson de Souza (DEM) já está pronto para outra polêmica. E mais uma vez envolverá a Câmara dos Vereadores.

Com a decisão da Justiça, o prefeito terá de demitir os 225 cargos em comissão, de livre escolha.

Gilson terá que exonerar todos os seus apadrinhados políticos. Mas como isso é difícil para ele, já pensa em apresentar a terceira versão do projeto de lei que regulamenta – ou tenta – os cargos comissionados da Prefeitura de Franca. 

​Oficialmente, a importância política dos comissionados é grande. Para Gilson, é impossível governar sem suas pessoas de confiança. 

Na prática, os 330 cargos existentes na estrutura da Prefeitura são, em parte, utilizados para empregar correligionários de Gilson de Souza. Meramente políticos.

Também servem para firmar parcerias futuras. São os casos de alguns membros do PSB que ocupam os altos escalões do poder no município, além de outos partidos.

Eles poderão ser úteis como cabos eleitorais de Gilson ou de seus indicados, como Gilson Filho, pré-candidato a deputado federal, que deverá contar com o apoio de alguns dos comissionados. 

Se eles ainda estiverem nos cargos, claro. Tudo isso bancado com dinheiro público, dentro da estrutura da Prefeitura de Franca.

A intenção de Gilson de Souza de, tão logo os cargos serem extintos, recriá-los foi revelada por vereadores, que deverão ser envolvidos em mais essa polêmica. Eles participaram de uma reunião nesta quarta feira no Gabinete.

No caso, os integrantes da base governista, que pagarão, ao que tudo indica, o mesmo preço de Gilson de Souza pela sequência de atitude contestáveis do prefeito e sua equipe.

Trata-se de uma postura contraditória de Gilson, caso ele apresente a matéria. 

Até porque o município não tem pago, nos últimos meses, obrigações de grande importância, como ações judiciais tramitadas em julgado e verbas para a Santa Casa, que pode parar os atendimentos nos próximos dias. 

Mas os comissionados, esses sim, parecem ser prioridade para o atual governo.


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