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A empresa aprovou o uso de um mecanismo que flexibiliza os reajustes sem prejudicar os resultados
Após a disparada do dólar provocar
reajustes praticamente diários no valor da gasolina, a Petrobras anunciou, na última
semana, uma nova política de preços para aumentar a estabilidade no setor de
combustíveis.
A diretoria da estatal aprovou o uso
de um mecanismo financeiro adicional — uma espécie de proteção (hedge) — que
pode ser aplicado por até 15 dias, espaçando mais os aumentos da gasolina.
Segundo o comunicado, a Petrobras escolherá os momentos em que vai
aplicar o instrumento, considerando a análise de conjuntura, em cenários de
elevada volatilidade do mercado. “O preço da gasolina continuará sujeito a
mudanças até diárias, uma vez que esse mecanismo será utilizado opcionalmente,
quando, então, os preços ficarão estáveis durante o período de sua execução”,
ressaltou.
Flexibilidade nos reajustes
Tal estratégia permitirá maior flexibilidade na frequência de
reajustes, mas não alterará o resultado final das variações do preço da
gasolina decorrentes dos movimentos de elevação ou de queda na cotação
internacional e na taxa de câmbio, ao final de cada período – seja por
intervalos de tempo mais longos, de até 15 dias, ou diários.
O diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino,
afirmou que a política de reajustes diários está mantida, mas que a medida a
aperfeiçoa. “É uma sofisticação que torna a empresa mais competitiva.
Aprendemos, estudamos e vimos que o uso dessa ferramenta de hedge traz os
elementos que vão dar uma posição de competitividade para a companhia”, disse
Celestino.
A estatal vinha adotando, desde 3 de julho do ano
passado, reajustes quase diários no valor do combustível, com base no mercado
internacional e no câmbio. Com isso, após a disparada do dólar, por conta da
incerteza política doméstica e pela valorização da moeda norte-americana no
mercado internacional, a gasolina atingiu preço recorde nas refinarias.